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Desembargadores negam pedido de mais tempo para defesa de Lula

Zanin alega que foi atacado pelo procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, do MPF, em sua manifestação

Política|Do R7

TRF4 julga condenação sobre sítio de Atibaia
TRF4 julga condenação sobre sítio de Atibaia

Cristiano Zanin, defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é o primeiro advogado a fazer sua sustentação oral na sessão da Oitava Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que julga na manhã desta quarta-feira (27) a condenação do petista no caso do sítio de Atibaia (SP) — no qual ele foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em primeiro grau em fevereiro.

Assista à sessão que julga possível anulação do processo de Lula

Zanin, antes de iniciar sua defesa, pediu tempo maior que os 15 minutos dada aos defensores e ao Ministério Público Federal, por alegar que foi atacado pelo procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, em sua manifestação. O procurador da Lava Jato acusou a defesa de Lula de excesso de recursos para tentar levar o processo a prescrição.

Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato, Carlos Eduardo Thompson Flores, presidente da 8ª Turma, e Leandro Paulsen, negaram o tempo extra e afirmaram que Gerum não atacou nem tentou censurar a defesa, como alegou Zanin.


Ao contrário do primeiro julgamento de Lula no TRF4, Corte de apelação da Lava Jato, em janeiro de 2018, quando o ex-presidente foi condenado em segundo grau no caso do triplex do Guarujá (SP), a movimentação é tranquila nesta quarta-feira. Desde as 9h, os desembargadores do Tribunal estão julgando recurso da ação na qual Lula foi condenado em primeira instância pela juíza Gabriela Hardt, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O esquema de segurança reforçado no entorno do prédio-sede do Tribunal foi mantido, mas não havia manifestações de apoiadores do petista. A chuva que cai sobre a capital gaúcha também atrapalhou aglomerações na área.

Na sala de imprensa o movimento também é reduzido. Cerca de 20 jornalistas acompanham a sessão de um telão. Em 2018, jornalistas de outros países lotaram as dependências da Corte.

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