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Conheça o segredo dos melhores comerciais de Natal

Repetir a mesma mensagem, ano após ano, é a fórmula de sucesso por trás das grandes marcas

Além do Marketing|Murilo MorenoOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A criação de comerciais memoráveis no Natal é um desafio para agências de propaganda.
  • A Coca-Cola é um exemplo notável, repetindo a mesma fórmula de sucesso com seu Papai Noel desde 1931.
  • Comerciais icônicos, como o do Banco Nacional, conseguiram causar impacto ao manter mensagens consistentes ao longo dos anos.
  • O segredo para o sucesso nas campanhas de Natal está na repetição de temas emocionais e clichês, que ajudam na memorização das mensagens.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Grandes campanhas de Natal fazem grandes anunciantes? Ou grandes anunciantes fazem grandes campanhas de Natal? Gerado por Inteligência Artificial. Prompt do autor

Pra quem trabalha com criação em agência de propaganda, não existe época mais desafiante do que o Natal. Todo cliente chega com o mesmo briefing: fazer um comercial memorável. Só que tudo já foi contado, diversas vezes, de diversas formas, por diversos anunciantes. Ainda assim, sempre aparece algo novo e que nos encanta.

Não tem como falar do tema, sem citar a Coca-Cola. Criativa? Não. Só é constante. O que torna a expectativa pelo novo comercial da marca uma realidade.


Quem inventou Papai Noel?

De acordo com a lenda, o verdadeiro Papai Noel foi criado pela fabricante do refrigerante. Nada mais mentiroso. São Nicolau viveu no Século Quatro, ali por 300, 350 depois de Cristo... vivia ajudando jovens e distribuindo dinheiro. Já era barbudo, mas bem magrinho. Pelo menos assim são suas imagens daquela época. Estranho é que sua representação ganhou um manto vermelho, na Idade Média, o que talvez seja a origem de sua roupa atual.

Aos poucos seu nome foi mudando até virar Santa Claus, Babo Natale ou Papai Noel. Mas Coca foi esperta e, em 1931, criou o bom velhinho que conhecermos hoje.


Quase 100 anos de repetição do mesmo visual, mais uma ajudinha dos filmes de Hollywood, e pronto! Difícil hoje ver o bom velhinho vestido de verde, como na propaganda do Guaraná Dolly, e não achar estranho.

Criatividade ou repetição?

Se você assistir aos comerciais de Coca com o personagem, verá que não são criativos. Mas repetem sempre a mesma coisa. Cenas de pinheiros e casas com chaminés, o trenó que passa voando, Papai Noel rindo e abrindo uma garrafa de Coca. Depois de algumas décadas, você fica ansioso pra saber qual a nova versão de uma história que você conhece de cor e salteado.


E repetição foi uma das razões de uma das propagandas mais memoráveis da propaganda brasileira: o comercial de Natal do Banco Nacional. Aquela com um coro de crianças cantando: “Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz...”

Lançada em 1971, durou até o final do banco, em 1995. Todo ano, mesma música, imagens novas. Todo ano, o Brasil todo na frente da TV esperando mais do mesmo.


Se o espírito de Natal não salvou o Nacional da falência, pelo menos tem ajudado a construir a imagem do Itaú. Que usa o período pra desejar um feliz Ano Novo. Sempre com a atriz Fernanda Montenegro e seu jeito poético de falar as coisas. Do jeito que ela interpreta, até se falar “Está sem luz lá em casa”, fica bonito de se ouvir.

Curioso é perceber que Fernanda estreou em 2015, só com a voz, pra depois de alguns anos passar a ser a voz e imagem da mensagem de fim de ano do banco. Seu formato até evoluiu, colocando novos personagens, como foi a bebê Alice e a ginasta Rebeca Andrade, mas mantém a consistência. O novo comercial ainda não estreou, mas se não vier a Fernanda, vou achar que está na hora de fechar minha conta no banco...

Coca, quase 100 anos, Nacional, mais de 20, Itaú, pelo menos dez. O que parece é que o segredo do verdadeiro sucesso das mensagens de Natal não está em ser criativo. É repetir e repetir a mesma fórmula, misturando emoção e temas clichês em cada uma das novas produções.

Na verdade, nós, seres humanos, não gostamos de surpresa. E, no fundo, o que acontece é que o envolvimento do consumidor com as marcas é muito mais baixo do que acreditam os marketeiros. Então, a repetição faz as pessoas finalmente guardarem as mensagens.

Feliz Natal! E pode ter certeza, ano que vem repito esse mesmo texto...

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