Pé direito, número 13... a publicidade brasileira já brincou com a sorte
Agora, um comercial provocou forte reação na sociedade brasileira. Mudamos nós ou mudou a publicidade?

Desde domingo, o tema que mais se discute no Brasil é o novo comercial das Havaianas. Nele, Fernanda Torres diz que deseja que todos os brasileiros entrem com os dois pés no ano de 2026. Sorte não...
Só que no comercial, a primeira frase dela deixou dividido os brasileiros. Foi só ela dizer “desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito...” pra discussão começar. Ela está influenciando ou não os eleitores? É ou não é propaganda subliminar?
Já fomos mais inocentes
Parece que mudamos. Em 2014 não foi uma, mas duas as campanhas que foram pro ar antes da Copa do Mundo, falando de algo que poderia ter sido mal interpretado e nenhuma reação aconteceu. Não que eu me lembre...

Vivo colocou o técnico da Seleção dentro de um avião contracenando com um ator que lhe dizia “não se assente na cadeira 13... dá azar”. Coincidência ou não, 13 era o número do partido da presidente Dilma Rousseff.
A mesma Havaianas brincou com a questão dos pés e da sorte e azar. No seu comercial, o jogador Romário mandava de presente para Diego Maradona o pé esquerdo do seu par de sandálias. E ficava com o direito, pra ter sorte. E o comercial ainda terminava dizendo: O pé direito é nosso! Reação negativa? Zero...
Interessante perceber que era ano de eleição e os comerciais passaram tranquilamente pelo crivo do povo. O que nos faz pensar que temos ficado mais atento a conceitos e ideias. Como já disse, comunicação se forma na cabeça de quem ouve, não de quem fala.
O que dá pra perceber é que mudamos nosso jeito de pensar. Hoje ponto é letra. Éramos mais inocentes...
Superstição também é tema nos Estados Unidos

2012, Bud Light também apostou na superstição como tema de campanha. Usando a música de Steve Wonder, a cerveja mostrou que até os torcedores americanos têm seus hábitos e trejeitos pra dar sorte para seus times do coração. Tem até dancinha com o pé esquerdo. Será que é pra jogar fora a urucubaca?
Como termina dizendo o comercial, todas essas ideias e hábitos só parecem malucos, estranhos, se eles não funcionam.
O que se aprende desses exemplos é que, independente de onde a gente nasça, independente da classe social, sorte e azar vivem nos rondando. Prepare sua folha de arruda e vá com tudo para 2026. Como diz o ditado: “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.
Feliz ano novo!
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