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1.500 km com o Kwid E-tech: rodar gastando pouco

Modelo da Renault tem autonomia de até 298 km e motor de 65 cv mais que suficiente para o trânsito urbano

Autos Carros|Do R7 e Marcos Camargo Jr.

Modelo é vendido por R$ 146,9 mil
Modelo é vendido por R$ 146,9 mil Modelo é vendido por R$ 146,9 mil

Lançado no ano passado, o Renault Kwid E-Tech é o primeiro carro elétrico popular da marca francesa vendido no Brasil, onde sai por R$ 146,9 mil. Apesar de ter um acabamento simples, espaço para apenas quatro pessoas e um pequeno porta-malas, o modelo é ideal para quem roda o dia todo pela cidade e quer gastar pouco. O R7-Autos Carros já divulgou custos de abastecimento e impressões desse elétrico no lançamento. Ao longo de dezembro e início de janeiro, somamos mais de 1.500 quilômetros rodados com o modelo eletrico que é um dos mais em conta do país. O pequeno hatchback elétrico tem motor de 65cv e autonomia para rodar até 298 km. Veja a avaliação do R7 Autos Carros, que ficou 30 dias com o veículo.

KWID ELÉTRICO VALE A PENA PARA UBER? Quanto custa carregar um Kwid elétrico em casa? E a manutenção? Veja o vídeo!

Durante esse período de testes fizemos recargas em wallbox residencial, tomadas e até mesmo em pontos de alta potência. Mas boa parte das recargas foi feita apenas em uma tomada doméstica como mostramos no começo deste ano. Já nos outros 15 dias, o hatch foi carregado somente em locais públicos, para testar a complexidade de como é ter um veículo 100% elétrico no Brasil.

Rodando pela cidade e pela estrada a autonomia cai para 265km
Rodando pela cidade e pela estrada a autonomia cai para 265km Rodando pela cidade e pela estrada a autonomia cai para 265km

Para muita gente o uso diário de um carro elétrico ainda é uma grande incógnita, mas a prática do dia a dia não é muito diferente de um carro a combustão. Na prática é preciso apenas programar as paradas para recarga. No caso do Renault Kwid E-Tech é como andar com o Kwid convencional, sendo que a única diferença é o barulho e o torque imediato, fazendo o pequeno hatchback eletrificado subir ladeiras sem muito esforço e ter arrancadas melhores do que o modelo a combustão, o que torna o guiar muito mais divertido e sem sufoco. 

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Durante 15 dias carregamos o modelo em um supermercado
Durante 15 dias carregamos o modelo em um supermercado Durante 15 dias carregamos o modelo em um supermercado

Claro, "encher o tanque" do Renault Kwid E-Tech é diferente e requer uma certa programação do motorista. Hoje em dia, é possível carregar o modelo em diversos locais públicos e privados. Inclusive, tem aplicativos que podem facilitar a vida do condutor, mostrando pontos de recarga espalhados pela cidade. Na prática isso nem sempre é possível pois já existem vários modelos elétricos que também requerem carga em shoppings, supermercados e praças públicas. O ideal é ter mesmo uma tomada aterrada residencial ou wallbox e recarregar o Kwid em casa à noite.

Também carregamos o modelo no carregador da Porsche, em São Paulo
Também carregamos o modelo no carregador da Porsche, em São Paulo Também carregamos o modelo no carregador da Porsche, em São Paulo

Ao longo desses dias de avaliação, o R7 Autos Carros optou por carregar o Kwid elétrico em uma grande rede de atacadista brasileiro, que oferece postos elétricos pela capital paulista e grande São Paulo. Por não ter um carregamento rápido, mas sim uma tomada de até 11 kWh, a estratégia adotada foi sempre abastecê-lo logo após chegar aos 50% de bateria consumida, o que ainda confere uma autonomia de aproximadamente 150 km. Portanto, para chegar aos 100% leva em média 2h, o que é um tempo perfeito para fazer compras e tomar um café.

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Renault Kwid E-Tech aceita uma entrada máxima de energia de até 30 kWh
Renault Kwid E-Tech aceita uma entrada máxima de energia de até 30 kWh Renault Kwid E-Tech aceita uma entrada máxima de energia de até 30 kWh

Contudo, é preciso ficar atento em alguns "poréns". O Renault Kwid E-Tech aceita uma entrada máxima de energia de até 30 kWh. Então, não adianta utilizar uma tomada super rápida, que ele não vai usar a potência máxima do equipamento. Foi o caso dos pontos da Porsche que existem em SP e operam com 350kw sendo que a entrada de potência do Kwid é bem inferior a isso. Outra questão é que para carregá-lo o ponto de tomadas deve ser aterrado, caso contrário o sistema bloqueia o carro por proteção e a recarga é interrompida. Por isso, é importante saber onde vai passear “fora do perímetro seguro” para não ficar parado na rua sem bateria. 

Em uma tomada de 11 kWh e com 54%, o Renault Kwid E-Tech demora cerca de 2 horas para ser completamente carregado
Em uma tomada de 11 kWh e com 54%, o Renault Kwid E-Tech demora cerca de 2 horas para ser completamente carregado Em uma tomada de 11 kWh e com 54%, o Renault Kwid E-Tech demora cerca de 2 horas para ser completamente carregado

Dito tudo isso, o Renault Kwid E-Tech pode rodar até 298 quilômetros com uma carga na bateria, que tem 26,8 kWh, sempre no modo Eco onde a potência é reduzida para 45cv. Rodando pela cidade e pela estrada a autonomia cai para 265km ou somente em estrada fica em torno dos 220km. Com esses números, o modelo é ideal para quem utiliza o carro para trabalhar pela cidade e, também, fazer viagens curtas. Claro, quem for pegar a estrada para outra região tem que ver onde tem pontos de recarga de veículos elétricos para não ficar na mão. 

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Renault Kwid E-Tech vem equipado com um motor elétrico de 65 cv
Renault Kwid E-Tech vem equipado com um motor elétrico de 65 cv Renault Kwid E-Tech vem equipado com um motor elétrico de 65 cv

Ficha técnica e equipamentos

O Renault Kwid E-Tech vem equipado com um motor elétrico de 65 cv com torque de 11,5 kgfm. A transmissão tem apenas três marchas, sendo uma para frente, outra de reverso e uma neutra, que é o famoso ponto morto, ou seja, é simples de guiar. O modelo faz de zero a 100 km/h em 14,6 segundos e atinge a velocidade máxima de 130 km, o que o torna divertido no dia a dia. 

Renault Kwid E-tech mede 3,73 metros de comprimento e 2,42 metros de entre-eixos
Renault Kwid E-tech mede 3,73 metros de comprimento e 2,42 metros de entre-eixos Renault Kwid E-tech mede 3,73 metros de comprimento e 2,42 metros de entre-eixos

O Renault Kwid E-tech mede 3,73 metros de comprimento, 2,42 metros de entre-eixos, 1,50 metro de altura e 1,57 metros de largura. O porta-malas tem apenas 290 litros de capacidade e uma bolsa com o cabo para carregá-lo em uma tomada doméstica, o que não atrapalha para levar as compras do supermercado ou até umas três malas pequenas. 

Porta-malas tem apenas 290 litros de capacidade e uma bolsa com o cabo para carregá-lo em uma tomada doméstica
Porta-malas tem apenas 290 litros de capacidade e uma bolsa com o cabo para carregá-lo em uma tomada doméstica Porta-malas tem apenas 290 litros de capacidade e uma bolsa com o cabo para carregá-lo em uma tomada doméstica

Em relação aos equipamentos, o Renault Kwid E-Tech traz uma central multimídia Media Evolution de 7 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay, painel de instrumentos com uma pequena tela que serve de computador de bordo, mostradores de quando os freios estão carregando a bateria e quando o motorista está gastando mais a bateria, freios ABS, câmera de ré, controle de tração, faróis com regulagem de altura, monitoramento de pressão dos pneus, sensores de estacionamento traseiro, controle de estabilidade, ar-condicionado, cintos de segurança com ajuste de altura, entre outros.

Central multimídia Media Evolution tem 7 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay
Central multimídia Media Evolution tem 7 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay Central multimídia Media Evolution tem 7 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay

Vale a pena?

Certamente, o Renault Kwid E-Tech vale a pena pela economia, uma vez que é possível carregá-lo em pontos públicos ou até privados sem gastar um real. Já em casa uma recarga completa custa em torno de R$ 30, como já mostramos em reportagem no começo de janeiro.

Modelo tem pouco espaço para os passageiros que vão sentados no banco traseiro
Modelo tem pouco espaço para os passageiros que vão sentados no banco traseiro Modelo tem pouco espaço para os passageiros que vão sentados no banco traseiro

Contudo, é preciso saber que o pequeno hatchback deixa a desejar por ter um acabamento simples, pouco espaço para os passageiros que vão sentados nos bancos traseiros e uma ergonomia para o motorista, que não é muito boa.

*Com a colaboração Felipe Salomão

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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