[Avaliação] 500km com a Chevrolet Tracker Midnight

A Chevrolet tem lugar cativo no segmento dos SUVs compactos com a linha Tracker, que chegou no mercado em sua segunda geração no ano de 2013. Em meados de 2018, a GM apresentou a versão Midnight que traz um interessante pacote de itens de série mantendo as boas qualidades do motor turbo emprestado do Cruze. Entre os utilitários esportivos de menor porte, ela rivaliza diretamente com o Citroen C4 Cactus THP e com Volkswagen T-Cross, todos turbinados. Em breve o Jeep Renegade também entrará nessa lista, com a inclusão do motor 1.0 e 1.3 turbo.

O visual é atrativo e tem destaque para o logotipo preto da GM, abrindo mão da tradição dourada, inovação que chegou também no ano passado com a S10 Midnight. Com rodas aro 18 na cor preta combinando com a proposta do carro assim como a cor preta perolizada, o preto Ouro Negro, exclusiva da versão. O SUV também traz poucos cromados e internamente também tem visual escurecido nos revestimentos de porta, colunas e no teto bem como no painel.

O motor 1.4 turbo flex tem até 153cv e até 24,5kgfm de torque a 2.000rpm, quando abastecido com etanol e traz tecnologia de injeção direta. Em nossa avaliação registramos uma média de 10,4km/l, no veículo sempre abastecido com gasolina. De longe, é superior ao dos concorrentes em potência mais que o suficiente para empurar a Tracker.

O preço de R$ 106.290 mil na versão única está acima dos principais competidores, ficando abaixo apenas do Hyundai Creta (R$ 107.990 e que não tem motor Turbo) e VW T-Cross (R$ 109.990). Em compensação a GM entrega um pacote bem completo de itens de série na Midnight.

A versão conta com controle de estabilidade e tração, alerta de fluxo cruzado na traseira, faróis dianteiros tipo projetor, luz de posição em LED e assistente de partida em rampas. Em termos de conforto traz bancos em couro e como entretenimento tem a multimídia MyLink com Apple Car play e Android Auto, além claro da conexão Bluetooth. Outros itens presentes são a câmera de ré, sistema Easy Entry, volante em couro, teto solar elétrico, partida por botão, porta-objetos embaixo do banco do passageiro, descansa-braço para o motorista, descansa-braço traseiro com dois porta-copos, entre outros.

A resolução da câmera é um ponto a melhorar no modelo já a baixa qualidade atrapalha para identificar obstáculos nas manobras. Outro pecado da GM na Tracker Midnight é o console central com pouco espaço para guardar objetos como carteiras e celular.

A Tracker tem como ponto forte o desempenho do seu motor e como ponto fraco o espaço reduzido para as pernas e cabeça dos passageiros que vão no banco traseiro e do porta malas de 306 litros, muito raso e pequeno diante dos seus concorrentes. Feito para quem gosta de ter o carro sempre à mão, tem direção muito precisa e boa absorção dos impactos com eficiência e silêncio sem perda de conforto para quem viaja à frente ou atrás.

Na grande opção de SUVs compactos, quem prefere uma motorização mais moderna tem três opções reduzindo bastante o leque. Olhando com atenção para os concorrentes turbinados T-Cross e C4 Cactus, o Chevrolet traz mais itens de conforto e entretenimento além de segurança com controle de estabilidade e tração de série. Fica devendo apenas um melhor espaço interno e um porta-malas maior, algo que pode ser corrigido com a nova geração, que chega ano que vem.