[Avaliação] Novo BMW X1 com 231cv impressiona mas falta tecnologia
Crossover tem dinâmica impecável e acabamento digno dos modelos da marca bávara mas deve itens que modelos mais em conta já oferecem
Autos Carros|Marcos Camargo Jr
Repaginado no último trimestre de 2019, o BMW X1 traz uma gama interessante de combinações na linha atual. Ganhou visual mais agressivo com a tradicional grade que ostenta o duplo rim em tamanho ampliado, novo parachoque com traços esportivos, rodas aro 18 (19 nas versões topo) e novo conjunto ótico fazem parte do pacote. Com o peso da tradicional marca premium alemã e com as virtudes esperadas, avaliamos o BMW X1 na versão xDrive25i Sport.
Na versão topo de linha o motor 2.0 TwinPower desenvolve 231 cv e 35,6 kgfm, notadamente acima das versões mais simples do crossover com propulsor de 192cv e câmbio automático de oito marchas. Embora o visual tenha mudado pouco a dianteira chama a atenção e o X1 parece algum dos modelos maiores da marca como o elegante X2. Em termos de dimensões é o mesmo, aliás a mesma geração que surgiu em 2015: 4,43m de comprimento, 1,82m de largura, 1,59m de altura e 2,67m de distância entre-eixos com porta-malas de 505 litros.
Longe da receita de um SUV com excessiva rolagem nas curvas, o X1 se mantém preciso e é preciso lembrar que se trata de um carro bem alto. O motor de 231cv com tração integral tem fôlego sobrando e evoluiu com suas oito marchas trabalhando com suavidade.
Se por fora ele ficou mais agressivo por dentro segue o padrão da marca e da versão antiga embora se notem evoluções. A maior está na nova central multimídia com tela de 10,25″ nesta versão. Bem conectada com Apple CarPlay (não tem Android Auto) traz bluetooth, GPS nativo e computador de bordo além da literatura e instruções de forma clara com menus simplificados. São três modos de condução: Comfort, Eco-Pro e Sport, com destaque para o último tornando o SUV mais interessante com respostas rápidas e direção progressiva à medida.
A posição de guiar segue a mesma com bancos em posição ligeiramente superior ao painel com assentos de ajuste elétrico. O cluster, porém, traz visual antiquado embora seja bem completo. O acabamento, como sempre, é esmerado especialmente nesta versão com couro marrom Dakota.
Tão agradável ao dirigir, o X1 2020 só fica devendo itens esperados para a categoria e que vão além de sensores dianteiros e traseiros e uma boa câmera de ré em alta resolução. É o exemplo dos comandos de voz para interação com o veículo, alerta de mudança de faixa, controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma por exemplo. Se por um lado o Mercedes Benz GLA não oferece tais itens o novo Audi Q3 e o Volvo XC40já os tem. Para clientes tão exigentes dispostos a pagar o preço pedido pela novidade, certamente tais itens fazem falta.
De série o X1 traz itens como ar-condicionado digital, volante multifuncional, direção Servotronic, retrovisores externos com memória, aquecimento e rebatimento, abertura e fechamento automático do porta-malas, sistema de abertura e fechamento das portas sem a chave, pneus run-flat, Parking Assistant com câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sensor de chuva, acionamento automático dos faróis baixos, controle de cruzeiro e rack preto. Nesta versão topo ele traz assentos esportivos, GPS nativo, head-up display e teto solar panorâmico além do áudio Hi-Fi e rodas de liga leve aro 19.
Conclusão: com visual mais robusto e ao mesmo tempo discreto como todo BMW especialmente nesta cor preta o X1 continua versátil preservando suas boas qualidades mecânicas e o conforto a bordo. Faltam alguns detalhes como itens tecnológicos que alguns concorrentes oferecem custando menos que o X1 xDrive25i por exemplo como controle de cruzeiro adaptativo, comandos de voz com inteligência artificial e um painel mais moderno e totalmente digital por exemplo. O BMW X1 na linha 2020 é oferecido em três versões: sDrive20i GP (R$ 196.950), sDrive20i X Line (R$ 216.950) e xDrive25i Sport (R$ 235.950)
Veja o vídeo completo com a avaliação do BMW X1 xDrive 25i
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