[Avaliação] Renault Kwid Intense melhora muito na linha 2023
Subcompacto da Renault mantém simplicidade mas fica bem mais equipado e também mais econômico: preço acompanhou evoluções
Autos Carros|Marcos Camargo Jr e Marcos Camargo Jr.
A renovação do Renault Kwid deu um recado claro para o Fiat Mobi, seu verdadeiro concorrente. O subcompacto não ficou apenas mais bonito e sim mais equipado para enfrentar seu rival ainda que já custe R$ 64,1 mil na versão Intense, que o R7-Autos Carros avaliou por uma semana.
O pequeno Renault evoluiu bastante por força da lei tendo em vista o Proconve L7 e também as novas regras de segurança. Assim, ele ganhou controles de tração e estabilidade mas veio ainda o auxílio de partida em rampa. Com nova central eletrônica e outros ajustes o Kwid também vibra muito menos nesta nova versão, algo que incomodava seus proprietários.
Visualmente o Kwid cativa bastante e recebe aprovações pela nova dianteira com assinatura em LED com os DRL’s em destaque bem como as novas lanternas. Os farois seguem halógenos ainda com luzes amarelas. Mas neste segmento só modelos bem mais caros oferecem conjunto Full LED. Vamos adiante.
Por dentro quem esperava mudanças como uma cabine mais espaçosa se decepcionou. Usando a mesma plataforma, o Kwid segue essencialmente compacto. Bom para manobrar e estacionar. Aliás, seus diminutos pneus aro 14 combinam com as calotas na cor
Preta com acabamento diamantado. Mas se ninguém olhar de perto nem dá para reparar. Novos para-choques dianteiros e traseiros ampliaram o ângulo de ataque do carro: 24,1º de entrada e de saída 41,7º com 18,5cm de altura do solo.
Ágil, o motor recalibrado do Renault agora tem 1cv a mais. É o mesmo 1.0Sce de 68/71cv e até 10kgfm de torque combinando com transmissão manual de cinco marchas. Ligeiro mas não silencioso, como era de esperar, o Kwid arranca rápido e oferece agilidade com o diferencial do novo ajuste que lhe rendeu menor vibração ao volante. A embreagem, no entanto, ainda é um pouco ruidosa, herança da antiga versão. Já a direção elétrica leve, o ar condicionado eficiente e a boa visão a partir da cabine foram mantidas no novo Kwid.
Mesmo espaço interno
Mesmo com pequeno porta-malas, os 290 litros de espaço cumprem bem o papel. Também se pode baixar os bancos e ter até 1.100 litros. Ao longo do teste pudemos testar o bom volume nesta configuração que permitiu levar uma cadeira de escritório e uma caixa sem nenhum problema. O sistema de rebatimento do banco traseiro usa uma solução peculiar de uma fita de nylon para destravar o assento que é fácil de operar.
O Kwid Intense tem além do novo painel de LED, de gosto estético discutível mas bem eficiente, uma nova multimídia com 8” que oferece conexão com celulares Android Auto e Apple CarPlay com fio. Há apenas um pontos e carga USB além da tomada 12V, novos porta objetos e apenas um porta latas e garrafas no console central.
A Renault prometia mais economia com o Kwid e até duvidamos do otimismo da montadora. O carrinho cravou média de 15km/l em circuito misto ao longo de um tanque rodando com gasolina. Já na estrada ficou nos 16km/l. Com etanol a média foi para 11km/l mas rodamos somente na cidade usando o combustível vegetal.
Ficou caro
O Kwid 2023 é caro mas teve que se adequar a novas normas de segurança ganhando novos equipamentos de série. Partindo de R$ 59,8 mil, a versão testada pelo R7-Autos Carros custa R$ 64,1 mil.
Caro para um Kwid? Um compacto equivalente com apenas uma multimídia e motor três cilindros como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo tem preço inicial de R$ 75 mil. Assim, ele enfrenta mesmo o Fiat Mobi que tem preço equivalente. Seja como for o Renault Kwid segue simplesmente evoluído e cheio de si com novos equipamentos para abrir mais espaço em um disputadíssimo segmento.
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