Os SUVs com estrutura de chassi e grande porte lideram a preferência do público que procura tração 4x4 e um perfil mais parrudo. E mesmo com 10 anos de vida na geração, a Toyota parece estar satisfeita com o SW4. Em 2024 foram pouco mais de 13.937 unidades vendidas, bem mais que o Mitsubishi Pajero Sport, que vendeu 2.944 unidades, ou o Chevrolet Trailblazer, que teve só 2.061 unidades emplacadas no ano em que foi renovada. Se por um lado o utilitário da Toyota vende muito bem, por outro carrega o peso da idade ao longo dos seus 10 anos. O R7-Autos Carros fez um teste de 1.000km com a versão SRX Platinum, que custa R$ 394,9 mil. Uma primeira análise surpreende na conclusão a respeito do Toyota SW4. A grade angulosa, o perfil altivo com pneus mistos e a mesma identidade mostram detalhes já um pouco genéricos, mas ainda atuais. O SW4 recebeu mudanças há vários anos e segue com a mesma identidade. É feito sobre a estrutura da Hilux com o mesmo chassi e motor. O Toyota SW4 SRX Platinum está equipado com um motor tradicional 2.8 turbodiesel que entrega até 204 cv e torque de 50,9 kgfm. A transmissão é automática de seis marchas, e o modelo vai de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos. O modelo sem eletrificação é referência em vendas, mas merece uma solução mais moderna que a atual, o que só deve chegar com uma próxima geração ainda sem data para estrear. Se por um lado não houve qualquer mudança no design, o SW4 recebeu três atualizações importantes na sua motorização 2.8. O motor diesel inclui novo depósito de partículas, tanque de Arla 32 e uma recalibração no motor para atender as normas de emissões que não alteraram em nada seu desempenho.E as mudanças param por aqui. O Toyota SW4 SRX Platinum tem bancos de couro, o mesmo painel usado há vários anos, incluindo a multimídia JBL, que não é nativa mas funciona muito bem com espelhamento sem fio e alguns comandos do carro. O relógio digital no centro do painel é herança antiga e os falantes JBL também denunciam um carro atualizado. Até mesmo a manopla de câmbio e o console central, bem como o porta-objetos, são os mesmos.Ponto positivo fica para o pacote Toyota Safety Sense. O sistema de condução semi autônoma e itens de segurança funciona como se fossem nativos. Há controle de cruzeiro adaptativo, manutenção do carro na faixa e alerta e frenagem de emergência, item que está disponível também na linha do Corolla e Corolla Cross. O Toyota SW4 tem 4,79 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,83 m de altura e 2,74 m de entre-eixos. Ao longo do nosso teste, o SW4 teve consumo de 10,2km/l combinando duas viagens e trechos urbanos, o que é razoável para seu porte. Ao longo do nosso teste, notamos que as características do veículo seguem as mesmas. Há uma boa capacidade de tração especialmente fora de estrada, aceleração razoável por conta do peso e um conforto que agrada os ocupantes em viagens mais longas. Mesmo sendo um 7 lugares, os bancos “suspensos” nas laterais são um arremate, mas funcionam bem quando requisitados ainda que roubem espaço do porta-malas. O SW4 pode se gabar ser um “bom de sempre”. Curiosamente tem longa vida no mercado sem mudanças, mas ao mesmo tempo agrada e segue imbatível no segmento como provam os números. Por quase R$ 400 mil o cliente ainda poderá aproveitar os dez anos de garantia da Toyota desde que faça as revisões dentro do programa de manutenção, algo que os concorrentes não oferecem nem de longe e consolidam a imagem e reputação do SW4 ao longo do tempo.