[Avaliação] Virtus GTS conforto e esportividade lado a lado
Sedã traz bom balanço de suspensão com vantagem do amplo porta-malas por preço de R$ 105 mil
Autos Carros|Do R7
Pouco tempo depois de seu lançamento, o R7 Autos Carros levou para as ruas o novo Volkswagen Virtus GTS, equipado com motor 1.4 TSI de 150cv, mesmo motor que equipa as versões mais caras do T-Cross, Jetta e algumas versões da Tiguan.
Externamente o Virtus GTS traz várias diferenças no visual em relação às versões Comfortline (1.6 MSI) e Highline (1.0 TSI) além do motor. Na dianteira, são novos os faróis full LED, que têm identidade visual diferenciada; novo para-choque dá ao sedã um visual mais imponente; a grade do radiador tipo colmeia com o logo “GTS” e um filete vermelho que liga os dois faróis também são características marcantes nos veículos “GT” da Volkswagen em todo o mundo. Aliás, a sigla surgiu no Brasil na metade dos anos 1980 com o Gol.
As rodas aro 17” são diamantadas e são calçadas com pneus 205/50 R17. Os pneus colaboram diretamente para a boa rodagem do sedã esportivo da VW. No quesito suspensão a calibração é mais firme, o que justifica seu considerável aumento de preço em relação às versões Highline. Mudam amortecedores, molas e eixo rígido em uma experiência de condução acima das versões 1.6MSi e 1.0 TSI.
Já na parte traseira, o Virtus GTS tem defletor traseiro pintado em preto brilhante sobre a tampa do porta-malas e a seção inferior do para-choque traseiro é exclusiva da versão. As lanternas traseiras são escurecidas e as capas dos retrovisores são pintadas na cor preto brilhante.
Na parte interna os bancos em formato de concha dão um ar de esportividade, além de serem mais confortáveis para os ocupantes relembrando os antigos assentos da linha Recaro. A central multimídia tem conectividade com Android Auto e Apple CarPlay e o painel de instrumento é chamado de Active Info Display e é totalmente digital.
Dia a dia
O R7 Autos Carros avaliou o Virtus GTS, em percursos urbanos e rodoviários e o primeiro ponto positivo foi para o consumo. Mesmo andando no modo “sport” em boa parte do tempo, com acelerações vigorosas e regime alto de rotação, registramos uma média de 10,4km/l rodando sempre com gasolina. Ao trocarmos o modo de condução para o “Eco” a autonomia muda para 11,5km/l e as acelerações são mais lentas.
Ainda no modo Eco e Normal é possível sentir a calibração sendo trabalhada para o uso mais urbano. Ja no uso “Sport” é possível sentir o carro mais duro, o que auxilia na estabilidade. É mesmo no modo esportivo que o Virtus se mostra interessante e instigante.
Com controle de estabilidade e tração, responde bem rápido às mudanças de trajetória e só não leva nota 10 pela altura em relação ao solo, que é a mesma das demais versões. A ideia era entregar um carro esportivo sem excessiva dureza o que afastaria compradores tradicionais. No Virtus GTS é possível acelerar com emoção ou usar o esportivo no dia a dia sem medo.
O emulador de som que fica posicionado na frente do painel é um ponto que pode gerar discussões entre os entusiastas de carros esportivos e principalmente entre os amantes de Volkswagen. O som emitido soa como um ruído computadorizado, mesmo respondendo corretamente a aceleração que o piloto apresenta. O dispositivo vibra na frequência do giro do motor TSI mas essa “música dos gearheads” é coisa para aproveitar só do Lado de dentro. Afinal ele não tem escapamento esportivo. Nos trajetos mais longos o pode até incomodar um pouco os ocupantes.
Com o motor 1.4 TSI de 150 e 25,5kgfm o carro tem seu pico de potência já a partir de 1.500rpm, o que torna a sensação de esportividade ainda mais presente. O câmbio é automático de seis velocidades.
Com preço de R$ 105 mil o Virtus GTS é uma alternativa “barata” ao Jetta GLI. Custa o mesmo que as versões de entrada do Honda Civic,Toyota Corolla e Chevrolet Cruze mas traz uma experiência que vai muito além do esportivo de emblema. A preparação torna a experiência de guia-lo muito agradável para andar rápido ou mantê-lo como carro do dia a dia.
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