BYD Shark: como anda a primeira picape que chega ao Brasil ainda este ano
Com tração 4x4, porte um pouco maior que o das rivais, a picape teve a estreia confirmada entre setembro
A BYD fez uma estreia grandiosa para a sua primeira picape híbrida, a Shark. Ela chega com a pretensão de incomodar donos de modelos médios tendo atributos novos como a motorização, o desenho e o projeto. Com tração 4x4, porte um pouco maior que o das rivais, a BYD Shark teve a estreia confirmada entre setembro e outubro desse ano. O R7-Autos Carros testou a nova picape na Cidade do México, justamente onde a Shark chega primeiro.
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Com seu visual parrudo, a BYD Shark “se vende” como uma picape urbana. Não há cromados, grade destacada ou outros itens comuns em picapes. Com sua personalidade própria, a Shark tem dimensões avantajadas:
Começa pelo entre eixos com generosos 3,26m de comprimento além dos 5,45m de comprimento e 1,97m de largura com 1,92m de altura. A Shark fica em média 12cv mais longa que as rivais. A caçamba tem capacidade de carga de 835 kg ou 1.450 litros com 2,5 toneladas de tração.
Por dentro, a BYD Shark traz painéis forrados e áreas de de contato em um couro rugoso e um aspecto mais de automóvel do que de picape. Traz painel de 10,25 polegadas e mltimídia de 12,8 polegadas giratória com conectividade que inclui conexão sem fio para celular Apple e Android, câmeras de alta resolução, controles de tração e preferências do usuário com um toque de botão.
A BYD Shark usa um propulsor a gasolina com função de gerador 1,5 litros turbo quatro cilindros combinado com motor elétrico EHS com 430cv e tração integral permanente com respostas e “distribuição de torque entre as rodas dianteiras e traseiras em intervalos de milissegundos”. A aceleração de zero a 100km/h é feita em 5,7s. Torque e outros dados técnicos ainda não foram divulgados.
A BYD fala em uma autonomia de 840cv pelo ciclo norteamericano NEDC e alcance de 100km no modo puramente elétrico. Falando em baterias, a Shark usa sistema de suspensão independente e uma arquitetura de tecnologia que a marca chama de “super híbrida DM” integrando a bateria Blade a um chassi de alta resistência com tecnologia CTC (Cell to chassi ou célula para o chassi) que melhora a rigidez em 22%.
Primeiro teste com a BYD Shark
Tivemos um contato bem rápido com a picape em uma concessionária da BYD no bairro de Santa Fe, uma área de edifícios comerciais na Cidade do México com vias largas, para podermos conhecer a Shark. Não foi um teste longo mas o suficiente para provar seus atributos como o silêncio e a suspensão de longo curso como de um automóvel.
Com aceleração forte em um pedal de dois estágios notamos que em “alta rotação”, o motor entra em ação com muita suavidade. O motor 1.5 não vai tracionar a Shark mas sim alimentar os motores elétricos nos dois eixos. A aceleração é forte mas não brutal ainda que a Shark tem em média o dobro da potência de uma picape diesel.
A suspensão merece elogios pelo conforto. É do tipo independente e com molas helicoidais na traseira com um comportamento similar ao de uma picape grande como uma RAM 1500 e Ford F-150 ou mesmo a Silverado com certo “molejo” nas respostas.
Ainda é cedo para dizer se a Shark vai mesmo conquistar o consumidor que está fora das cidades e quer um carro 4x4. Mas o primeiro contato mostra que os anos de pesquisa e desenvolvimento fizeram bem à BYD entregando um produto maduro e ao menos na ficha técnica, apto a surpreender aqueles que buscam tração de picape e todas as capacidades de uma utilitária mas agora com uma nova visão de mundo com sua motorização híbrida.
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