Comparativo: Haval H6 PHEV19 ou BYD Song Plus?
Segmento dos híbridos plugin fica agitado com nova versão do SUV da GWM
O Toyota Corolla Cross ainda é o crossover híbrido mais vendido do Brasil mas o consumidor brasileiro tem olhado com carinho para modelos híbridos plugin com tomada e já existem boas opções que só crescem nas vendas. É o caso do BYD Song Plus DM-i que agora passa a contar com uma versão do Haval que se torna seu concorrente direto em preço na faixa dos R$ 229 mil. Mas qual deles é o mais interessante?
Ficha técnica em prol da família
Mesmo que o BYD pareça mais compacto com suas linhas mais arrojadas o GWM Haval H6 tem o mesmo porte do concorrente. Em relação ao tamanho, o BYD Song Plus mede 4,70m de comprimento, 1,89m de largura, 1,68m de altura e 2,76m de entre-eixos. Já o GWM Haval H6 PHEV 19 tem 4,68 metros de comprimento, 1,88 metro de largura, 1,73 metro de altura e 2,73 metros de entre-eixos. O porta-malas do Song é maior, pois tem 574 litros, e o do Haval é de 560 litros. Na prática não que o BYD seja menor mas no banco traseiro Haval consegue ser ainda mais espaçoso para a família enquanto o porte e capacidade de porta malas é semelhante.
Haval é mais potente de longe
Embora tenha perdido um motor elétrico, o Haval H6 PHEV19 é mais potente e, também, mais rápido do que o BYD Song Plus em todos os quesitos. O modelo da GWM vem equipado com motor 1.5 litro turbo a gasolina e outro elétrico que somam 326 cv e 53 kgfm, fazendo de zero a 100 km/h em apenas 7,6 segundos. Isso porque nem comparamos com o GT de 393cv. Entre a versão HEV e a GT o espaço já foi preenchido com o PHEV19.
Por sua vez, o BYD Song Plus DM-i tem motor 1.5 litro aspirado, que trabalha alternando com o propulsor elétrico, totalizando uma potência 235 cv com 40,8 kgfm de torque. O SUV faz de zero a 100 km/h em 8,3 segundos. A proposta do BYD fica mais focada na eficiência mas nem tanto no desempenho.
BYD é mais econômico e vai mais longe
O BYD Song Plus leva vantagem no quesito autonomia, posto que é capaz de rodar até 1.200 km com um tanque cheio e bateria carregada. Já o GWM Haval H6 PHEV19 pode rodar no máxima 644 km. Isso porque ainda não chegou ao Brasil o motor híbrido de quinta geração que será capaz de dobrar a autonomia do Song Plus o que irá reforçar seu aspecto de boa economia de combustível para rodar.
Bateria - Haval vence
O Haval H6 PHEV19 conta com uma bateria de 19 kWh, o que permite rodar apenas no modo elétrico com até 115 km no ciclo de testes WLTP, mas de acordo com o Inmetro, essa autonomia é de 74 km. Contudo, o Song Plus, que tem uma bateria de 18,3 kWh consegue rodar até 68km no modo elétrico já contando com a recente atualização. Assim, o Haval pode ir mais longe sem usar gasolina ao compararmos frente a frente as duas versões. Já existe uma versão atualizada que tende a chegar ao Brasil rapidamente mas considerando o modelo atual esses são os dados técnicos e, portanto, a vitória fica com a GWM. Os dados usados aqui são do Inmetro.
GWM é um pouco mais equipado
Referência também em itens de série os SUVs híbridos da BYD e GWM são elogiados pela relação custo benefício. Porém aqui cabe um ponto de destaque a favor do GWM Haval H6 PHEV19 que traz sistema ADAs de nível 2 plus, o que traz piloto automático adaptativo com Stop&Go, frenagem automática de emergência para pedestres, bicicletas, motos e carros, frenagem automática de tráfego cruzado traseiro, monitoramento de pontos cegos, centralização de permanência de faixa, alerta de perigo de abertura de portas, reconhecimento de placas de trânsito, Auto Reverse Assistance, Parking Assist para vagas paralelas e em 45ª e 90ª com controle automático de direção, freio e acelerador e, por fim, câmera com visão 360º. Ainda é possível carregar outros equipamentos eletrônicos com o sistema V2L, que transforma a energia da bateria em 220V, permitindo carregar diversos aparelhos por até 5 horas sem consumir o combustível do veículo.
Já o BYD Song Plus também tem recursos autônomos porém não no mesmo nível que o concorrente. Entre os principais itens estão sistema de som premium Dirac, ar-condicionado dual zone, faróis em LED Crystal Diamond e lanternas com projeção dinâmica e conjunto de segurança com seis airbags com os assistentes de condução como controle dinâmico, controles de tração e estabilidade, alerta de manutenção do carro na faixa, alerta de tráfego cruzado, ISOFIX, sensor de ponto cego, ionizador e purificador de ar, banco do motorista e passageiro com ajustes elétricos, sistema Auto Hold, freio de estacionamento elétrico, entre outros.
Um ponto a se destacar é a multimídia do BYD, que é de 12,8 polegadas com sistema giratório, o que possibilita mudar da vertical para horizontal, além de ter GPS nativo e conexão com Android Auto e Apple CarPlay. A GWM opta por uma multimídia flutuante na horizontal com sistema de GPS nativo e conexão com Android Auto e Apple CarPlay, mas é de 12,3 polegadas, ligeiramente menor. Claro, vai depender do gosto do cliente, que às vezes não se importa se o equipamento não se mexer com um toque. Por outro lado, teremos clientes mais inquietos, que gostam de movimentação e gostarão de ver a tela mudando conforme o dia a dia.
Na linha dos R$ 229 mil que é o preço tanto do BYD Song Plus quanto do Haval H6 PHEV19 o cliente terá uma proposta de SUV mais potente na segunda opção porém com menor autonomia elétrica enquanto o BYD opta por um foco na eficiência que é esperada de um motor híbrido. Assim o consumidor terá uma baliza sobre qual deles anda ou economiza mais combustível para o dia a dia.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.