Fã de sedãs médios? veja qual deles tem manutenção mais barata
Corolla, Civic, Sentra, Cruze e Arrizo 6 disputam atenção entre usados e há diferenças importantes entre eles

No mercado de sedãs médios usados no Brasil, alguns modelos se destacam pelo histórico de manutenção e revenda, enquanto outros apresentam mais variáveis no custo de manutenção, risco de problemas e depreciação. Sabemos que hoje muitos consumidores procuram SUVs mas há motoristas criteriosos que gostam do equilíbrio dos bons sedãs médios.
Quem está nessa lista?
Entre os mais comercializados estão Toyota Corolla, Honda Civic, Nissan Sentra, Chevrolet Cruze e Caoa Chery Arrizo 6. Exatamente nessa ordem. Cada um tem um perfil distinto em termos de confiabilidade mecânica, custo de manutenção, problemas recorrentes e comportamento de valorização/revenda.

Toyota Corola e Honda Civic são mesmo referência
No caso de Corolla e Civic, o atrativo vem da combinação de mecânica consolidada, ampla disponibilidade de peças e boa rede de serviços. Estes fatores contribuem para que tanto a manutenção preventiva quanto a corretiva se mantenham previsíveis, mesmo com o uso prolongado.

No uso de 3 a 5 anos, donos relatam que os defeitos tendem a ser ligados a desgaste natural — itens como suspensão, buchas, coxins, amortecedores ou componentes de acabamento — e não a falhas estruturais. A revenda desses modelos costuma manter valor relativamente estável comparado a outros sedãs da mesma categoria.
Motor e ponto de atenção
No caso do Corolla os relatos de falha são raros. Ele vem com motor 1.8 Flex nas versões de entrada (como o GLi) e um 2.0 Flex nas versões superiores (como XEi e XRS) aspirado e com câmbio CVT. Requer apenas troca de óleo e filtro criteriosa e o óleo do câmbio deve ser trocado a cada 40.000km.

No caso do Civic os elogios são os mesmos. O confiável motor 2.0 aspirado flex (150 cv/155 cv) nas versões EX, EXL e Sport (com opção manual) é robusto. Há um ponto de atenção com mecanismo de freio hidro vácuo com alguns relatos de problemas desde a chegada da geração 10 em 2010.
Nissan Sentra; por que não?
O Sentra surge como alternativa de custo de aquisição mais baixo entre os usados, mas com alguns compromissos: embora o motor 2.0 seja considerado razoavelmente confiável, o custo das peças costuma ser mais elevado do que os dos japoneses mais estabelecidos, e há casos relatados de superaquecimento envolvendo o sistema de arrefecimento.

Versões com câmbio CVT exigem atenção redobrada à manutenção — especialmente troca de fluido no prazo recomendado — para evitar desgaste prematuro. A desvalorização costuma ser maior, o que torna o carro vantajoso para quem pretende mantê-lo por longo prazo e não pretende revender em curto prazo.
Chevrolet Cruze com motor turbo
O Cruze, por sua vez, traz motorização relativamente moderna — em média 1.4 turbo com injeção direta — o que garante desempenho e agrado a quem valoriza dirigibilidade. Em contrapartida, sistemas mais complexos tendem a demandar manutenção mais cuidadosa; há registros de falhas em componentes sensíveis à qualidade do combustível (injeção) ou necessidade de manutenção rigorosa para preservar performance.

Com o fim da produção da linha recentemente, a desvalorização e a liquidez no mercado de usados se tornaram menos favoráveis em comparação a rivais com produção contínua.

Caoa Chery Arrizo 6
No caso do Arrizo 6, o motor presente nas versões mais recentes (1.5 turbo flex) entrega cerca de 150 cv com etanol e 147 cv com gasolina, com torque máximo de 21,4 kgfm e câmbio automático tipo CVT. Esse conjunto pode parecer atraente para quem busca um sedã com bom desempenho e bom pacote de equipamentos. No entanto, a desconfiança sobre o pós-venda, a disponibilidade de peças, e o histórico de manutenções mais complicadas interferem diretamente na avaliação de custo-benefício a médio prazo, sobretudo para quem pensa em revenda.

Honda e Toyota dominam preferência
Levando em conta motores, manutenção e valor de revenda, Corolla e Civic tendem a oferecer maior previsibilidade e menor risco no longo prazo, Sentra pode valer para quem deseja economia inicial e não se incomoda com desvalorização maior, Cruze atende quem busca desempenho mas aceita uma mecânica mais exigente, e Arrizo 6 se apresenta como aposta de risco: oferece bom motor e equipamentos, mas traz incertezas relevantes sobre manutenção e revenda.
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