Fiat 500: clássico que saiu de linha há 50 anos segue vivo
Fora de linha há 50 anos, primeira geração fez história e continua presente em versão híbrida e elétrica
A Fiat tem grandes clássicos populares como Balilla, Uno, Panda e 500. O carro compacto de design icônico está vivo com motorização elétrica no Brasil e também híbrido na Europa, com perfil que imortalizou o “Cinquecento” a partir de 1957. Mas qual a importância desse carro para a história?
Voltamos aos anos 1950 e 1960, quando a motorização da sociedade acelerou muito no Pós-Guerra. Veículos como o Fusca, Renault 4L, Citroën 2CV e o Fiat 500 surgiram nessa época a partir dessa demanda por carros pequenos, econômicos e capazes e transportar uma família além de bagagem.
Foi baseado nessa ideia que a Fiat desenvolveu 500. Em 1950 havia seis automóveis para cada 1000 habitantes. Dez anos depois a relação já era de 32 para cada mil pessoas.
Dante Giacosa, executivo da Fiat, queria um carro ágil, econômico mas também com desenho marcante. Giovanni Torrazza foi o designer responsável pelas linhas curvas do 500 que estava à frente do seu tempo. O motor de 480cc e 13cv era o suficiente para levar 370kg, fazendo o consumo do Fiat 500 alcançar 22km/l na época.
O carro fez muito sucesso, com inúmeras versões, especialmente nos anos 1960, mas no final da década já dava sinais de cansaço. Tinha versão perua Giardinera e chegou a 500cc com 18cv e inúmeros modelos dos mais baratos aos mais esportivos ao menos no visual. A Fiat chegou a 1970 com 185 mil funcionários boa parte dedicados à montagem do 500. Mas o tempo passou e em 1975 ele se despedia para uma nova geração chegar.
Na verdade, seu sucessor era o Fiat 126 que chegou em 1972 e em 1975 assumiria o papel de carro de entrada da marca. Com ele, a Fiat manteve o status de líder entre os modelos mais baratos com protagonismo na Europa, mas as linhas do 500 jamais foram esquecidas. O carro pequeno, leve e ágil estava presente no Fiat 126 que inspirou projetos como o Fiat 147 brasileiro lançado aqui em 1976.
E em 2007 a Fiat deu uma guinada para produzir um carro icônico com as linhas inspiradas no Fiat 500. Com o mesmo nome esse carro voltou a fazer sucesso ainda que reposicionado, muito mais equipado e caro até mesmo para os padrões europeus. Por aqui ele chegou em 2009 produzido na Polônia e depois no México.
“O Fiat 500 é muito mais do que um carro no nosso line up, ele é um ícone atemporal que traduz o DNA da Fiat. Ao longo de sua trajetória, o 500 trouxe inovação, estilo e, agora com a versão elétrica, sustentabilidade. Ter um modelo como esse reforça nosso compromisso em oferecer soluções que combinam tecnologia de ponta com o charme e a tradição que o consumidor espera da nossa marca”, Alexandre Aquino, vice-presidente da Marca Fiat para a América do Sul.
Ao chegar ao Brasil em outubro de 2009, o Fiat 500 trouxe um desenho que misturava traços clássicos com modernidade. Além disso, o compacto já vinha equipado da época com direção elétrica Dual Drive, ar-condicionado digital, sete airbags, sistema eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampa, teto solar, bancos em couro, entre outros.
Já em 2011, o Fiat 500 passou a ser importado da fábrica de Toluca, no México, trazendo novas versões e motorização 1.4 Fire Evo Flex de até 88 cv, que também equipava o Uno. O modelo ainda podia ser equipado com propulsor 1.4 litro MultiAir de até 105 cv com transmissão automática de seis velocidades Aisin, substituindo o câmbio Dualogic de cinco velocidades.
Contudo, em 2019, ou seja, 10 anos após chegar ao Brasil, o Fiat 500 a combustão deixou de ser vendido por aqui, retornando apenas em 2021 como Fiat 500e, uma versão 100% elétrica, só que mantendo o visual arredondado e clássico do tradicional compacto italiano. Hoje o Fiat 500e vem equipado com motor elétrico de até 118 cv e 22,4 kgfm de torque. A bateria de 42 kWh permite ao compacto rodar até 227 km com uma carga completa.
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