O que vai mudar na gasolina do Brasil a partir de agosto?
Com mais etanol, combustível fica até mais barato, mas consumo pode subir

O Governo Federal divulgou nesta semana que a gasolina passará a ter mais etanol a partir de 1º de agosto. Em uma série de medidas para tornar o combustível mais barato, bem como reduzir a dependência do combustível fóssil, a lei do “combustível do futuro” também trará uma alteração no comportamento dos veículos que rodam no país, especialmente os mais antigos.
Mais etanol: menos emissões e maior consumo
Atualmente, o percentual de etanol estabelecido em 27% já é considerado alto por vários engenheiros e especialistas no tema. Para os veículos flex a consequência será um sensível aumento no consumo de combustível por conta do etanol mas também uma redução nas emissões de poluentes.

Além disso, o aumento da mistura de etanol na gasolina comum para 30%, chamada de E30 e deve resultar na substituição de 1,36 bilhão de litros de gasolina tipo A por etanol, o que elevará o consumo de biocombustível em até 1,46 bilhão de litros. Com isso, de acordo com o governo será possível alcançar até a autonomia total do combustível fóssil.
Preço menor
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, é esperado que o combustível fique até R$ 0,11 mais barato por litro em comparação com a gasolina com 27% de etanol. Isso porque a produção do etanol que é nacional já é mais barata do que a gasolina e se trata de um combustível renovável obtido a partir da cana-de-açúcar.

Para carros antigos: um problema
Os veículos mais antigos são do tipo monocombustível e foram desenvolvidos apenas para rodar com gasolina ou com etanol, porém sem a mistura de ambos ou, no máximo, com uma pequena mistura de etanol. Veículos com carburador, produzidos no país até 1996 também devem ser mais impactados pelo aumento do etanol presente na mistura com a gasolina.

Especialistas no tema afirmam que carros a gasolina certamente terão mais problemas com uso mais intenso de etanol. O etanol tem uma queima limpa, porém é mais corrosivo.
Em motores não preparados para tanto álcool na mistura com a gasolina, certamente os problemas em sistema de alimentação e injeção serão maiores. A longo prazo, problemas nos motores também serão mais comuns.

Uma saída seria oferecer gasolina com menor teor de etanol como produto premium para quem desejar. No entanto, a ANP não cogita oferecer essa possibilidade. Hoje quem deseja maior octanagem e um combustível com maior taxa de compressão, pode optar por gasolinas do tipo “premium”.
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