Renault Kardian manual: vale a pena economizar e comprar a versão de entrada?
SUV compacto torna-se opção mais em conta na gama e mais barato que Fiat Pulse
O Renault Kardian já emplacou 13.124 unidades em 7 meses de venda e agora com um ritmo mais forte de produção devemos vê-lo mais nas concessionárias e nas ruas. O SUV tem uma proposta atual cuja estreia de subsegmento chegou com o Fiat Pulse e deve ser seguida pelo Volkswagen “A0”. Enquanto isso não acontece a Renault começa uma vida tranquila com o Kardian que aos poucos ganha confiança do consumidor acostumado a comprar Logan e Sandero. Disponível na versão Evolution, o Kardian com câmbio manual é a proposta para quem não gosta de transmissão automática, não gostou do câmbio de dupla embreagem por questão de confiança ou quer economizar. Afinal a versão manual custa R$ 106,9 mil e não pagar R$ 118.090,00 pela equivalente automática. Mas o que o Kardian manual entrega?
Primeiro é preciso saber que o carro é o mesmo assim como os itens de série. Na versão Evolution ele mantém o motor turbo TCe de 125 cv de potência e 22,4 kgfm de torque, e passa a ser o primeiro carro neste segmento com motorização turbo e câmbio manual. Somente o Fiat Pulse 1.3 aspirado traz opção de transmissão manual.
Nas dimensões é o mesmo carro com 4.119 mm de comprimento, 1.747 mm de largura e 1.544 mm de altura, com um entre-eixos de 2.604 mm e 209mm de altura do solo. É o mesmo carro ao qual o consumidor já conheceu há sete meses mas com câmbio manual.
Vale explicar que a Horse, que é a desenvolvedora do motor turbo TCe do Renault Kardian, também é a fabricante da nova caixa de câmbio utilizada no SUV compacto, ou seja, não é a mesma transmissão manual utilizada nos modelos Logan e Sandero. A caixa manual JX22 é produzida pela Horse em Portugal e importada para o Brasil. Enquanto isso acontece a marca está em processo de nacionalização o motor 1.0TCe uma vez que o 1.3 já é feito em São José dos Pinhais.
A bordo do Kardian se nota o esforço por um conjunto suave de engates precisos bem distante dos antigos Renault. São seis marchas com curso adequado, alavanca com tamanho ideal e boas respostas no encaixe da marcha seguinte. Mas vale observar que a transmissão e dupla embreagem é mais rápida e mais prazerosa do que o câmbio manual sujeito ao tempo do motorista. Assim, nos surpreendemos com o consumo que poderia ter sido bem melhor embora o carro tenha apenas 1.000km rodados e ainda não tenha atingido seu ponto de amaciamento.
Ao rodarmos com o Kardian abastecido com gasolina, o consumo de combustível em cidade ficou na faixa dos 12,6 km/l. Já em trechos rodoviários o carro melhorou para 14,2 km/l. A Renault divulga que a versão manual tem números de consumo com gasolina de 12,3 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. Abastecido com etanol, os núemros são de 8,4 km/l na cidade e 9,7 km/l em estrada. Ou seja, já ficamos bem próximos da média oficial.
No entanto, lembremos que durante nosso teste de longa duração com o Kardian ao longo de 2.500km rodados o consumo em boa parte na estrada ficou em 15,5km/l com gasolina e 13km com etanol.
Além disso o Kardian vem bem equipado com ar condicionado, multimídia com câmera de ré, sensor de ré e o mesmo perfil de acabamento das demais versões. Em termos de preço, a versão Evolution manual parte de R$ 106.990, o que é um bom preço se considerarmos que é o único carro com motorização 1.0 turbo e câmbio manual. O seu concorrente direto, Fiat Pulse Drive MT, utiliza um motor 1.3 aspirado, e tem preço a partir de R$ 107.990.
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