Toyota apresenta nova geração da Hilux com versão elétrica e interior totalmente renovado
Picape ganha foco em versão elétrica mas terá motor diesel com e sem eletrificação na sua nona geração
A Toyota revelou oficialmente a nona geração da Hilux, picape média que supera 21 milhões de unidades produzidas desde 1968. O modelo chega com novas soluções de motorização, entre elas uma versão elétrica inédita (Hilux EV), além de variantes diesel com sistema híbrido leve de 48 V.
A picape continuará sendo fabricada em plataformas regionais, com produção confirmada para Tailândia e Argentina, que devem abastecer parte dos mercados da América do Sul e Oceania.
Design inspirado na Tacoma e novas proporções
A nova Hilux adota proporções mais amplas e um desenho com traços inspirados na Toyota Tacoma norte-americana, com linhas mais angulosas, faróis horizontais em LED e parrilla frontal integrada ao para-choque.
Nas versões elétricas, a grade dianteira é totalmente fechada, o que melhora a aerodinâmica e o desempenho energético. O conjunto óptico também passa a adotar tecnologia Matrix LED, enquanto a traseira mantém o formato tradicional de caçamba com novas lanternas em LED.
O comprimento total deve ficar na casa dos 5,3 metros, com entre-eixos de 3,15 m e largura superior a 1,88 m, números próximos aos da Tacoma.
Interior totalmente redesenhado e novo pacote de conectividade
O interior da Hilux foi completamente reformulado. O painel agora exibe linhas horizontais e materiais mais resistentes, abrigando duas telas de 12,3” — uma para o painel de instrumentos digital e outra para a central multimídia com navegação offline, atualização remota de software (OTA) e integração total com smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.
Há novo volante multifuncional, comandos físicos preservados para climatização e seletor de tração, e porta-objetos redesenhados para melhorar o uso no dia a dia.
Motorização elétrica e dados técnicos preliminares
A principal novidade é a Hilux EV, equipada com dois motores elétricos — um em cada eixo —, formando um sistema de tração integral. O motor dianteiro entrega 21 kgfm de torque, enquanto o traseiro fornece 27,4 kgfm, totalizando 48,4 kgfm combinados.
A bateria tem 59 kWh de capacidade, o que garante autonomia de até 240 km no ciclo WLTP. A Hilux elétrica possui capacidade de carga de 715 kg e capacidade de reboque de 1,6 tonelada.
Ainda não há dados oficiais de potência, aceleração ou tempo de recarga, mas o modelo deve usar arquitetura de 800 V, com recarga rápida em corrente contínua (DC).
Versões híbridas leves e motor diesel 2.8
As versões com motor 2.8 litros turbodiesel devem manter o propulsor já conhecido da geração atual, com 204 cv e 50,9 kgfm de torque, acoplado agora ao sistema híbrido leve de 48 V (Mild Hybrid).
Segundo a Toyota, o novo sistema utiliza gerador-motor elétrico para reduzir consumo e emissões, além de suavizar trocas de marcha e fornecer torque adicional em baixas rotações.
A marca destaca, porém, que essa configuração não é considerada um híbrido pleno (HEV). O próprio vice-presidente da Toyota Austrália, Sean Hanley, afirmou que o sistema “não representa condução híbrida, e sim uma assistência elétrica ao motor a combustão”.
Lançamento global e chegada à América do Sul
A nova geração da Toyota Hilux será lançada primeiro na Ásia, com início de vendas previsto para 2025.
A chegada à Europa e América do Sul ocorrerá na sequência. A planta de Zárate (Argentina) deve receber atualizações para produzir a nova plataforma e atender também ao mercado brasileiro. Aqui ela segue à venda na atual geração inclusive o R7-Autos Carros fez um teste recente com a versão XRX.
Os preços e versões regionais ainda não foram divulgados, mas a estratégia da Toyota indica que a Hilux elétrica e híbrida leve irão conviver com versões diesel convencionais durante o período de transição.
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