Volkswagen revê estratégia e muda planos diante de crise
Vendas caíram 15% na Europa este ano e duas fábricas podem ser fechadas
A Volkswagen vive um dilema que não é segredo para ninguém. E agora um dos maiores grupos automobilísticos do mundo está revendo sua estratégia para se manter competitiva. No início de setembro uma reunião com acionistas expôs uma crise causada pela baixa demanda na Europa, os altos investimentos em carros elétricos e o mercado chinês. Mas essa crise não está no Brasil onde a marca vem crescendo de forma contínua e sim em outros mercados. Mas o que a Volkswagen vai fazer para sair dessa situação?
A primeira estratégia pode ser fechar algumas fábricas e reduzir o portfólio de produtos. De acordo com a imprensa europeia as fábricas de Dresden e Osnabruck, que produzem os modelos ID.3, Porsches Cayman e Boxster e T-Roc Cabriolet podem estar com os dias contados. No entanto, sindicatos refutam a ideia pois o fechamento das duas unidades levariam a uma demissão de 25.000 pessoas.
A queda nas vendas no mercado europeu também resultaram nessa crise. Na Europa e nos Estados Unidos as vendas de veículos da Volkswagen caíram 15%. E todo investimento em elétricos na Europa com a família ID não tem resultado em lucros como a marca esperava. Na China as marcas locais tem cada vez mais força e o consumidor que antes era ávido comprador de Volkswagen agora é cliente de Nio, GAC, BYD, Geely entre outros.
Mas o que pode ser feito?
Um dos pontos de virada da Volkswagen pode ser a ampliação dos produtos com tecnologia híbrida. A marca apostava em uma eletrificação total do portfólio o que pelo visto não vai acontecer tão rapidamente. Executivos da marca até já admitem que em países desenvolvidos os carros híbridos tem melhor aceitação e agora o portfólio precisa oferecer mais desses modelos eletrificados.
Outra questão é o custo dos carros elétricos. A Volkswagen tem parcerias na China para agilizar o desenvolvimento e o foco em elétricos para as cidades mas eles não podem custar o preço de um ID.3.
Por aqui a marca não tem do que reclamar. Há um plano de investimentos de R$ 16 bilhões para lançar até 16 novos modelos sendo quatro inéditos por aqui. Em nota a empresa reforça o ciclo de investimentos: “A Volkswagen do Brasil informa que a marca no Brasil tem uma história sólida de 71 anos, sendo em 2024 a marca que mais cresce em volume de vendas no país. Além disso, reforçou recentemente o seu protagonismo no país com o anúncio de um novo ciclo de investimentos de R$ 16 bilhões no Brasil e o lançamento de 16 novos carros até 2028″.
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