Made in China: a ascensão dos carros chineses

Caros leitores, digníssimas leitoras; se há alguns anos alguém dissesse que os carros chineses dominariam as ruas brasileiras, muita gente torceria o nariz. Mas o tempo passa, o tempo voa e o mercado mudou! E hoje é impossível ignorar o ronco dos motores vindos do outro lado do mundo.

De meras coadjuvantes, as marcas chinesas passaram a ser protagonistas.

Em um passado não tão distante, no ano de 2020, os carros chineses representavam apenas 1,1% das vendas de veículos mercado brasileiro. Já neste ano, esse número saltou para 9,2%. Isso mesmo: quase um em cada dez carros vendidos no Brasil tem DNA chinês. E não é só volume — é qualidade, inovação e ousadia.

Mas por que os brasileiros estão dizendo “sim” aos carros chineses? Em resumo eles estão vislumbrando quatro pontos que as montadoras tupiniquins deixaram “meio que de lado”:

Tecnologia embarcada: os modelos vêm recheados de recursos que antes só víamos em carros de luxo.

Design moderno: esqueça os estereótipos. Os carros chineses estão cada vez mais estilosos.

Preço competitivo: com ótimo custo-benefício, eles conquistam quem quer economizar sem abrir mão de conforto.

Sustentabilidade: marcas como BYD e GWM lideram o mercado de elétricos e híbridos, com mais de 84% de participação nesse segmento.

Com modelos que vão do popular ao premium, os carros chineses estão redefinindo o que significa dirigir no Brasil. E se o ritmo continuar assim, não será surpresa vê-los liderando rankings de vendas em breve.

Falando em vendas, apenas como fato ilustrativo. Quando compararmos o atual volume com o que foi comercializado em 2020, nota-se que as vendas das marcas chinesas cresceram quase 1.000%, contra um mercado que registrou crescimento de 26%.

E esse resultado vem impactando em investimento pesado para a produção nacional.

As montadoras chinesas não vieram só para vender — vieram para ficar. A GWM inaugurou uma fábrica em Iracemápolis (SP), a BYD está produzindo em Camaçari (BA), e a Geely se juntou à Renault para fabricar no Paraná. Isso significa mais empregos, mais tecnologia e mais competitividade.

No fim desta semana, a partir do dia 22, teremos o retorno do Salão do Automóvel em São Paulo. Quase 40% das marcas que vão expor os seus produtos são de montadoras chinesas.

O futuro chegou... e fala mandarim!

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