Sergio Massa, o atual Ministro da Economia da Argentina, surpreendeu no primeiro turno das eleições presidenciais. Com mais de 36% dos votos válidos, 6 pontos percentuais à frente do deputado ultraliberal, Javier Milei que, até 95% das mesas apuradas, aparecia com 30% dos votos.
A maioria das pesquisas apontava Milei à frente e, além disso, o deputado foi o mais votado durante o Passo, as eleições primárias realizadas na Argentina em agosto.
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Apesar da virada, o resultado não é garantia de vitória para Massa. A terceira colocada, a conservadora Patricia Bullrich, ex-ministra da justiça, teve 23% dos votos. A tendência é de que esses votos sigam mais para Milei do que para Massa que é um peronista progressista.
Até o segundo turno são quase 30 dias. A segunda volta, como dizem os argentinos, está marcado para o dia 19 de novembro. Até lá teremos uma dura campanha na Argentina e debate entre os dois candidatos na TV.
Com a indefinição, quem sofrerá ainda mais é a economia da Argentina. Diante de duas propostas de país tão diferentes, as incertezas seguirão em alta. O peso, moeda local, sofreu desvalorização de quase 100% nos últimos 40 dias. A inflação chegou a 138% nos últimos 12 meses e as empresas tem tido dificuldade de definir os preços dos produtos. Alguns empresários chegaram inclusive a suspender as vendas de produtos diante de tanta indefinição.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.