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Militares temem afastamento de parceria histórica com os EUA

‘Nessa guerra, quem vai sair perdendo somos nós’, disse general, após cancelamento de americanos na Conferência Espacial das Américas

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Cancelamento da participação dos EUA na Conferência Espacial das Américas gera preocupação entre os militares brasileiros.
  • General alerta que Brasil pode ser o grande perdedor em uma possível deterioração das relações.
  • Parceria histórica com os EUA, que remonta à Segunda Guerra, está ameaçada por atritos entre governos.
  • Riscos concretos para acordos militares e intercâmbios são observados, especialmente com a aproximação do Brasil a países como China e Rússia.

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Prédio do Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O cancelamento da participação americana na Conferência Espacial das Américas, organizada em parceria com a Força Aérea Brasileira, e também a possibilidade de os EUA não integrarem a Operação Formosa da Marinha ligaram o sinal de alerta entre os militares brasileiros.

“Nessa guerra, quem vai sair perdendo somos nós”, disse um general quatro estrelas, a mais alta patente do Exército, ao Blog, em referência ao lado brasileiro, mais frágil diante dos Estados Unidos.


Os militares classificam a parceria com os americanos como um “casamento histórico que vem desde a Segunda Guerra, uma relação muito forte”, mas admitem que agora está estremecida devido aos atritos entre os governos Lula e Trump.

Entre as preocupações está a possibilidade de os EUA mandarem de volta os mais de 50 militares brasileiros que hoje fazem intercâmbio com as Forças Armadas americanas.


“Se acontecer algo, não resta outra solução a não ser fazer a mala e voltar para o Brasil”, avaliou o general.

Outro ponto sensível é o projeto do submarino nuclear brasileiro — embora seja um acordo com a França, muitos componentes são de origem americana.


Para os militares ouvidos pelo Blog, o embate político traz riscos concretos. “Os civis não têm noção do estrago que pode ser no campo militar essa discussão entre Trump e Lula. Nós temos acordos históricos, comissões de compra e aquisição de equipamentos militares que são fundamentais para o interesse do Brasil. O Brasil começa a se aproximar de China, Rússia e Irã, os militares brasileiros ficam arrepiados”, afirmou.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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