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Convocação de comandantes para depor na CPMI não irá constranger Forças Armadas, diz Múcio

A comissão deve chamar o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, para depor

Blog do Nolasco|Thiago Nolasco e Thiago Nolasco


José Múcio, ministro da Defesa, falou sobre a CPMI de 8 de Janeiro
José Múcio, ministro da Defesa, falou sobre a CPMI de 8 de Janeiro

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (25) que uma possível convocação de comandantes das Forças Armadas para depoimentos à CPMI do 8 de Janeiro não vai constranger os militares.

A CPMI, que investiga os atos antidemocráticos no início do ano, deve chamar para depor o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, citado em delação premiada por Mauro Cid, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Absolutamente nenhum constrangimento. O senador [Randolfe Rodrigues, líder do governo no Senado] veio perguntar se nós tínhamos alguma restrição a algum possível nome [para depor]. Antes que ele falasse qualquer nome, nós dissemos que não só não temos como, se tivéssemos, não poderíamos dizer, porque estaríamos dando prova de que nós temos algum tipo de preocupação, o que não temos", disse Múcio.

"O nosso trabalho é de absoluta colaboração. As Forças Armadas necessitam que absolutamente tudo seja esclarecido", completou o ministro. 


Hoje à noite, uma reunião com a relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama, deve sacramentar o pedido para o depoimento de Garnier. 

Randolfe elogiou a postura de Múcio. "Não poderíamos ter posição diferente das Forças Armadas e, sobretudo, de um ministério e do comando das Forças Armadas, que são leais, não ao presidente de então, e sim à ordem democrática proclamada pela Constituição."

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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