Kamala Harris tem um trunfo contra Donald Trump e começa a unir os democratas
Ainda esperando ser indicada, vice-presidente saiu na frente e quer derrotar o rival nas eleições em novembro
Kamala Harris, que até recentemente era vista como uma vice-presidente impopular, vem conquistando cada vez mais apoio dos democratas para ser candidata à presidência nas eleições de novembro. Como em um jogo de xadrez, ela está movimentando as peças de maneira estratégica.
Em menos de 24 horas, as doações ultrapassaram US$ 50 milhões (ou mais de R$ 250 milhões). A cada momento, um representante do partido vem a público anunciar seu apoio. Dois possíveis candidatos já abriram mão da disputa. Em uma pesquisa rápida divulgada pelo jornal New York Post, três em cada cinco democratas declararam que querem Harris como candidata.
Para entender: já há um movimento forte em torno do nome dela, em contraste com a situação de Joe Biden, que constantemente cometia gafes, gerando insatisfação entre os democratas. Até estrelas de Hollywood como George Clooney e Robert De Niro imploravam por sua desistência.
Houve editoriais nos principais jornais pedindo a retirada de Biden. Após um desastroso debate, o rival Donald Trump começou a ganhar votos dos indecisos, destacando a frágil condição de saúde do atual presidente. Cada vez mais debilitado e perdendo apoio, Biden ficou sem saída.
A carta de renúncia de Biden causou comoção. Os democratas exaltaram a decisão “corajosa” do presidente, lembrando seus mais de 50 anos de vida pública. Com o pedido de Biden para que todos apoiassem Kamala, a vice-presidente saiu na frente.
Ela tem um trunfo na mão: a bandeira de “precisamos derrotar Trump” pode unir os democratas e trazer de volta os indecisos, neutros e desiludidos. Essa união dificilmente aconteceria com Biden, devido à sua saúde debilitada. Todos temiam que ele não conseguisse cumprir o mandato.
Kamala já demonstrou interesse em participar e está pronta para entrar na corrida à Casa Branca. A missão não é fácil, mas ela se mostrou disposta a encarar o desafio.
Agora é esperar pela indicação, pelos movimentos estratégicos e pelo debate final. Ela tem pouco mais de 100 dias para fazer história.
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