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A pergunta de Lula que Haddad não quer responder

Ministro planeja deixar o governo após o Carnaval. E não quer concorrer em 2026

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Fernando Haddad planeja deixar o governo após o Carnaval.
  • Ministro não quer concorrer nas eleições de 2026 e teme conversa com Lula sobre sua saída.
  • Lula vê Haddad como candidato forte para a reeleição em São Paulo, com possibilidade de cargo na Casa Civil.
  • Haddad prefere evitar a candidatura em 2026 e focar em um futuro mandato no governo de Lula em 2027.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Entre coordenar o plano de governo de Lula ou disputar novamente contra Tarcísio em SP, Haddad é visto pelo PT como peça-chave para fortalecer o palanque da reeleição Reprodução/ Paulo Pinto - Agência Brasil

A última reunião ministerial do ano pode selar o destino político do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Visto como sucessor natural de Lula até pela ala petista que o enxerga como “o mais tucano” dos quadros do partido, Haddad já não esconde os planos de deixar o governo após o Carnaval e entregar o comando da economia a Dario Durigan, seu Secretário Executivo, que é bem-visto tanto pelo mercado quanto pelo presidente Lula.

Mas o ministro teme o momento do olho no olho com o chefe. A saída depende desta conversa. O ministro, mais uma vez, não quer ser candidato nas próximas eleições. E mais uma vez pode se ver diante da impossibilidade de dizer não ao presidente.


Haddad gostaria de se dedicar exclusivamente à montagem do plano de governo de um novo mandato do Lula. Para isso, assumiria a coordenação da campanha, ao lado de mais dois auxiliares escolhidos pelo petista.

O presidente, porém, tem outros planos para o ministro. Lula e a cúpula do PT o enxergam como melhor opção para encabeçar um palanque sólido para ancorar a candidatura presidencial à reeleição em São Paulo.


Neste desenho, Haddad enfrentaria novamente o governador Tarcísio de Freitas, que tem a reeleição dada como certa. Seria uma segunda desgastante derrota para o Republicano, mas, nesta hipótese, Haddad seria recompensado por Lula.

O novo posto do hoje ministro num eventual quarto mandato do petista seria no formato adequado para alavancar Haddad para ser o sucessor de Lula e lançar-se ao Planalto em 2030.


O cargo cogitado é o mais próximo de todos ao presidente e permite uma visão integral da gestão, com ampla ingerência em todo o governo: a Casa Civil.

O ministro preferiria saltar o pedágio de 2026 e a espinhosa pergunta de Lula e já figurar no primeiro escalão de 2027. Mas com ou sem Tarcísio na chapa para o governo de São Paulo, Haddad pode não escapar mais uma vez da missão eleitoral do próximo ano.


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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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