Abstenção recorde: não-voto vence eleição no Rio de Janeiro
Mais de 35% dos eleitores não foram às urnas; número é o dobro dos votos em Crivela e supera também os obtidos pelo vencedor, Eduardo Paes
Christina Lemos|Do R7
A mensagem do eleitor carioca nas urnas é maior que o resultado matemático que deu a vitória a Eduardo Paes. O número de pessoas que simplesmente se recusou a votar neste segundo turno, mais de um milhão e seiscentos eleitores, supera aqueles que trouxeram de volta à prefeitura o democrata, que alcançou cerca de um milhão e meio de votos.
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O resultado sinaliza para uma desafiante tarefa: o prefeito eleito, além da pacificar o Rio, terá de convencer enorme contingente de governados que, deliberadamente, se recusaram a participar do processo de escolha de seu dirigente municipal, e de acreditar que o sistema democrático vale a pena.
Além do risco de exposição à pandemia, muitos destes cariocas, após sucessivos escândalos de corrupção envolvendo seus gestores públicos, não sem razão, preferiram desfrutar do dia de sol na praia ou siplesmente deram as costas para as urnas.
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