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Base bolsonarista volta às ruas e indica resistência longa a Lula

Interventor no DF amplia alcance das barreiras na Esplanada. Governo ainda não começou

Christina Lemos|Do R7

Ricardo Capelli, interventor federal na segurança pública do DF
Ricardo Capelli, interventor federal na segurança pública do DF Ricardo Capelli, interventor federal na segurança pública do DF

Após três dias dos atos criminosos de depredação do patrimônio público e que pediam intervenção militar, a resistência ao governo Lula, representada majoritariamente por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, retorna hoje à Esplanada dos Ministérios, apesar de mais de 1.300 prisões e da escalada de medidas repressivas e de contenção. O tema domina a pauta do novo governo, 11 dias após a posse, sem que a gestão de Lula tenha conseguido dar início à sua agenda.

O movimento continua sendo convocado pelos métodos tradicionais: redes sociais e aplicativos de mensagem, e mantém liderança difusa. Bolsonaro está nos Estados Unidos e há indicações de que antecipará sua volta ao Brasil por motivos de saúde. 

Nas 72 horas que se seguiram aos atos de domingo (8), autoridades da cúpula dos Três Poderes se concentraram em atos formais e simbólicos de repúdio aos ataques. A reação, no entanto, mantém bloqueadas as atividades governamentais, sem que o primeiro escalão do governo inicie o trabalho. Alguns dos titulares dos ministérios nem sequer criaram uma rotina de divulgação de suas agendas públicas de trabalho. 

Apesar de garantir o direito à livre manifestação, desde que pacífica e ordeira, o interventor Ricardo Capelli confirmou nesta manhã que ampliou a contenção aos protestos. Agora a barreira será erguida a duas quadras da rampa do Congresso Nacional, na altura da “avenida Sarney”, como é apelidada a pista transversal anterior à avenida das Bandeiras — esta permite o retorno do trânsito diante do Palácio do Itamaraty e está muito mais perto da sede do Legislativo. Os planos das forças de segurança são manter o protesto longe da praça dos Três Poderes. 

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A agenda do presidente Lula continua preenchida por encontros e medidas relativas à tentativa de retomada da estabilidade política e institucional, sem que atividades de gestão nem itens de uma eventual “pauta positiva” sejam abordados. Lula recebe pela manhã o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado do ex-presidente Bolsonaro. A comunicação de governo, no entanto, não sinaliza a normalidade das atividades do Executivo Federal. 

Em complemento às medidas de prisão e busca decretadas nesta terça por Alexandre de Moraes, o ministro ampliou o combate e a prevenção a eventuais novos atos que possam causam distúrbios à ordem, como o bloqueio de rodovias e a tomada de prédios públicos, agora sob risco de prisão e multa.

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