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Base do governo dobra votos da oposição para convocar Guedes

Lista de votação mostra que deputados de legendas do Centrão participaram em peso da convocação. E endossam fritura do ministro da Economia

Christina Lemos|Do R7

Deputados do PP, PRB e PSD engrossaram o painel a favor do requerimento de convocação de Guedes
Deputados do PP, PRB e PSD engrossaram o painel a favor do requerimento de convocação de Guedes Deputados do PP, PRB e PSD engrossaram o painel a favor do requerimento de convocação de Guedes

Até a oposição se surpreendeu com o placar: 310 deputados votaram a favor da convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para prestar explicações ao plenário da Câmara, no mais rumoroso caso que já afetou o titular da Pasta em dois anos e meio no cargo. Com apenas 130 votos, a oposição viu seu movimento ser turbinado pelos votos, principalmente, de integrantes do PP, PRB e PSB, um indicativo de que Guedes já não atende aos interesses dos apoiadores de Bolsonaro e enfrenta intenso processo de fritura.

O ministro deve comparecer ao plenário na semana que vem para prestar esclarecimentos sobre a conta que mantém em paraíso fiscal, atitude considerada incompatível com o cargo, uma vez que, embora sem movimentação direta, os investimentos em dólar escalaram com a alta da moeda americana perante o real.

Veja como cada partido encaminhou os votos
Veja como cada partido encaminhou os votos Veja como cada partido encaminhou os votos

O requerimento, encabeçado pelo líder da oposição, Alessandro Molon (PSB/RJ), foi lido e posto em votação pelo deputado Marcelo Ramos (PP/AM), vice-presidente da Câmara, no exercício da presidência da Casa. O deputado Arthur Lira (PP/AL) está em missão em Roma para evento preparatório da conferência do clima e teria sido consultado sobre a inclusão na ordem do dia do requerimento que convoca Guedes.

Três dias depois da revelação do caso pela investigação jornalística internacional batizada de Pandora Papers, o presidente Bolsonaro não comentou o assunto nem saiu em defesa do ministro, a quem sempre tratou como “Posto Ipiranga”. Guedes já divulgou duas notas de esclarecimento em sua defesa, sem que tivesse conseguido aplacar as cobranças. “Não há crime, há ilegalidade. E o ministro precisa se explicar”, declarou ao blog o deputado Alessandro Molon, autor do requerimento, minutos depois da aprovação. “Não somos nós que queremos a cabeça do ministro”, ressaltou ao comentar o processo de fritura de Guedes.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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