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Christina Lemos - Blogs

Bolsonaro volta a defender remoção da Embaixada da Palestina

Presidente eleito considera que representação diplomática inaugurada em 2016 “está muito próxima do Planalto” e  declara:  “nossa segurança está em primeiro lugar”

Christina Lemos|Do R7

Jair Bolsonaro, presidente eleito da República
Jair Bolsonaro, presidente eleito da República

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, voltou a defender nesta quinta-feira a remoção da Embaixada da Palestina do local onde foi construída, após doação do terreno, de 15,6 mil metros quadrados, em 2010, pelo governo Lula. “O que eu vejo é que o Palácio do Planalto estrategicamente está muito próximo da Embaixada da Palestina. Não teria que ter embaixada nenhuma naquela região”, declara Bolsonaro. E informa que o assunto será tratado pelos ministros das Relações Exteriores e da Defesa do novo governo. “Afinal de contas, a nossa segurança em primeiro lugar” - declara o presidente eleito.

Bolsonaro, no entanto, não indica que dará prioridade ao assunto, nem definiu prazo para uma eventual remoção. “Temos todo o respeito pelo povo árabe. Aqui é um país onde todos convivem pacificamente. Não queremos criar problemas com ninguém. Há vias pacíficas para resolver problemas” - declarou, ao referir-se à uma eventual remoção da embaixada brasileira de Israel.

Em 2010, o Brasil reconheceu o Estado Palestino e a Delegação Especial da Palestina passou a ser considerada uma embaixada. A sede da representação diplomática foi construída pelo embaixador Ibrahim Alzeben, hoje decano dos 18 embaixadores árabes em Brasília, e teria custado mais de R$ 13 milhões - dinheiro palestino e de doações.

O tom adotado por Bolsonaro sobre o tema, nesta quinta, foi muito mais moderado do que o da pré-campanha. Em agosto, o então candidato chegou a declarar que “a Palestina não é um país”, “não pode fazer um puxadinho”, e acrescentou: “daqui a pouco vai ter uma representação das Farc aqui também”.

O blog apurou que a posição do presidente eleito atende a preocupações de setores militares que não aprovam a localização do edifício, visto como “território autônomo do Hamas”. Com a aparência de uma mesquita, com grande cúpula dourada, a embaixada está próxima ao alojamento das guardas presidenciais, ao Batalhão da Polícia Militar, aos Palácios da Alvorada e do Planalto.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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