Ciro mantém candidatura, reage a voto útil, mas estaciona em 7%
A uma semana do primeiro turno, campanha do pedetista está estagnada e candidato é alvo de críticas e memes
Christina Lemos|Do R7
O candidato do PDT, Ciro Gomes, fez nesta manhã um pronunciamento por meio de suas redes sociais para protestar contra articulações de adversários pelo voto útil e sustenta que sua candidatura está mantida. “Nada deterá nossa disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”, declarou, em manifesto em tom indignado e transmitido ao vivo.
O pedetista mantém a posição de terceiro colocado nas pesquisas, desde que Sérgio Moro, que foi pré-candidato pelo Podemos, deixou a disputa para concorrer ao senado, pelo Paraná. O cearense, porém, permanece estacionado na marca dos 7% das intenções de voto, de acordo com pesquisa BTG-FSB, divulgada na manhã desta segunda-feira, índice que se repete há três semanas.
Ciro Gomes tornou-se alvo de críticas e memes após desempenho no último debate com presidenciáveis, ocorrido no sábado. Pesaram contra o pedestista movimentos interpretados como de aproximação ao candidato do PL, Jair Bolsonaro, alguns feitos nos bastidores do debate, mas diante das câmeras, como um rápido diálogo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e uma troca de gestos com o próprio candidato à reeleição.
Adversários e internautas exploraram a situação. Neste domingo, um dos memes exibia um montagem fotográfica de Ciro e Bolsonaro dançando como um casal, com a legenda "último tango em Paris", em alusão à viagem feita pelo pedetista à capital francesa após o primeiro turno de 2018.
Durante do debate, Bolsonaro usou tom ameno e evitou ataques diretos a Ciro, chegando a evocar a empatia do pedetista. “Ponha-se no meu lugar, Ciro!” – declarou o presidente, ao responder sobre as dificuldades de governar ante à suposta ingerência do STF em questões do Executivo.
O comportamento de ambos, aliado aos duros ataques do pedetista voltados ao ex-presidente Lula, candidato pelo PT, geraram comentários sobre a possibilidade de Ciro Gomes estar agindo como “linha auxiliar” da candidatura de Bolsonaro – o que o cearense nega. “Bolsonaro não existiria se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas”- reiterou. “E Lula não sobreviveria, em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro”.
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