Dois editoriais publicados em jornais de grande circulação nesta quarta-feira (13) provocaram forte reação de repúdio de representantes da alta cúpula militar das Forças Armadas, ao levarem à interpretação de que exista a pretensão — e até mesmo planos velados — de interferência no processo eleitoral. Uma nota oficial do Ministério da Defesa em resposta a “erros jornalísticos imperdoáveis”, segundo essa fonte, está em elaboração.
O blog apurou que o teor da reação será taxativo no repúdio a esse tipo de interpretação. Já é possível adiantar, em primeira mão, que a reação constará dos seguintes argumentos: o trabalho das Forças Armadas é técnico, em caráter de colaboração com os órgãos responsáveis pela organização das eleições e executado após solicitação formal, isto é, “chamado para apoio”.
Um dos aspectos mais importantes destacados pelos militares é a “legalidade absoluta” das iniciativas tomadas até aqui. “Nunca houve, nem há, planejamento para apuração paralela”, ressalta a fonte. O objetivo é esclarecer que o trabalho de colaboração desenvolvido pelos militares tem sido executado conforme a legislação e o desejo do TSE de apoio às entidades fiscalizadoras.
A indignação no meio militar diz respeito à noção de que exista uma pretensão de interferir no processo eleitoral — o que equivale, segundo essa ótica, a transformar um trabalho técnico, colaborativo e honesto em crime contra a democracia. “Isto, sim, é um desserviço ao sistema democrático” — ressalta.
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