Disputa na Câmara pode alavancar oposição em 2021
Líderes governistas foram alertados de que se interferência do Planalto desequilibrar o processo eleitoral, Rodrigo Maia comandará ação contrária ao governo, que reuniria até 230 votos
Christina Lemos|Do R7
A eleição para troca de comando do Congresso é considerada um divisor de águas entre a primeira e a segunda metade do mandato do presidente Jair Bolsonaro, que ainda depende de medidas importantes a serem aprovadas pelo Legislativo, principalmente na esfera econômica. Toda cautela é recomendada aos articuladores do Planalto, para evitar ultrapassar as fronteiras que venham a "humilhar" adversários, deixando sequelas para 2021. O temor é que, derrotado, Rodrigo Maia passe a comandar uma oposição ampliada, com mais de 200 votos.
O candidato favorito de Maia, Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), embora desfrute da imagem de parlamentar moderado, é também tido como homem de confiança e executor dos planos de Maia, o que conta pontos contra o deputado. Longe de ser visto como nome natural, capaz de ampliar a margem de votos e viabilizar uma candidatura com músculatura para enfrentar Arthur Lira, Ribeiro conta com uma dificuldade adicional: ser da mesma legenda de seu opositor. Consta que Bolsonaro, atualmente sem partido, cogita se filiar ao PP. O xadrez político dificulta e retarda o lançamento do candidato - uma demora que já ameaça diluir as forças agrupadas por Maia.
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