Doria promove encontro de estrelas da cena brasileira em Nova York
Ex-governador de São Paulo (sem partido) atrai desde ministros do STF até economistas pesos-pesados para evento voltado a investidores estrangeiros
Christina Lemos|Do R7
Passada uma semana do segundo turno das eleições, o ex-governador de São Paulo João Doria mantém, oficialmente, a posição de permanecer fora da arena política, inclusive sem acenar com nova filiação partidária, após a saída do PSDB. No entanto, prepara reestreia na cena pública diretamente de Nova York.
Seu instituto, o Lide, promove conferência na semana que vem para “apresentar a uma plateia internacional os rumos do país, com o objetivo de atrair investimentos”, segundo a organização. Aceitaram o convite para a missão algumas estrelas do cenário nacional, incluindo cinco ministros do STF, cinco economistas e financistas e líderes políticos.
Doria pretende receber no Harvard Club de Nova York para a Lide Brazil Conference o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e os ministros do STF Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e José Roberto Barroso, que participam do primeiro dia de debates (14), em torno do tema democracia.
Na terça (15), será a vez das questões econômicas. Está prevista a participação do atual presidente do Banco Central, Campos Neto, além de Henrique Meirelles, Joaquim Levy, Isaac Sydney, presidente da Febraban, e Pérsio Arida, cotado para o governo de transição do presidente eleito, Lula da Silva.
Entre os políticos, confirmaram presença Michel Temer (MDB/SP) e Rodrigo Garcia (PSDB/SP), governador de São Paulo, substituto do ex-tucano no cargo.
Com o evento, Doria busca demonstrar a manutenção de seu prestígio público e investe na criação de uma imagem de “player” com capacidade de aglutinação de altas rodas de interlocutores da política e da economia.
Seu ex-adversário no antigo ninho tucano, Eduardo Leite, governador eleito do Rio Grande do Sul, move-se em outra direção. Após importante vitória nas urnas, Leite busca se firmar na posição de principal estrela do PSDB e inicia movimentos para uma refundação da legenda, que inclui uma eventual fusão com outro partido e até o rebatismo da agremiação.
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