Christina Lemos “É mais fácil chegar do que ficar”, diz Bolsonaro, sobre presidência

“É mais fácil chegar do que ficar”, diz Bolsonaro, sobre presidência

Presidente faz novo movimento político para estabilizar gestão, a menos de 18 meses de encerrar o mandato e disputar reeleição

Após a temporada de internação hospitalar, antecedida pelo pico de ataques ao comando da Justiça Eleitoral e a integrantes da CPI da Pandemia, o presidente Bolsonaro ensaia nova inflexão política: ampliar o suporte dos partidos do Centrão. A medida vem acompanhada de declarações mais moderadas e presença diária na mídia institucional, para explicar seus pontos de vista. “É mais fácil chegar do que ficar”, diz Bolsonaro, sobre manter-se na presidência da República.

Bolsonaro: cacique do Centrão em seu núcleo palaciano

Bolsonaro: cacique do Centrão em seu núcleo palaciano

Facebook / Reprodução 21-07=2021

A expectativa é de que o presidente mova peças de seu entorno político até esta sexta-feira, fazendo a mudança mais importante até aqui: trazer para seu núcleo palaciano - no caso, para a Casa Civil -  um dos caciques do Centrão, o senador Ciro Nogueira, do Partido Progressista. A legenda encabeça hoje a aliança governista, após a eleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara, com o apoio do Planalto. Se confirmada, a alteração ministerial sinaliza prioridade para as articulações com o Congresso, e pé no freio na retórica de confronto.

Com o movimento, Bolsonaro busca alavancar apoio no Centrão, que tem dissidentes e cuja fidelidade diminui a cada pesquisa indicando perda de popularidade do presidente. As legendas que compõem o Centrão são conhecidas pela volatilidade e baixa densidade ideológica, com mudanças brucas de posição política. O cenário de desgaste leva o presidente a ampliar sua dependência a este grupo.

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