Expedição inédita mapeará microplásticos em 300 praias brasileiras
Durante 18 meses, cientistas da USP, em parceria com a Sea Shepherd, percorrerão litoral para identificar nível de contaminação
Christina Lemos|Do R7
![Material tóxico ingerido por peixes e crustáceos representa risco para a saúde humana](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/T2R6C5CNCFLLFIPV2OEAGF7THY.jpg?auth=d865f4a1a9482971010c90b7ca7507fb14a9d9af890894c31b9b4de56b439e75&width=1140&height=760)
Começa na semana que vem uma expedição científica pelo litoral brasileiro com o objetivo de identificar o grau de comprometimento das praias e da fauna marinha ante o desequilíbrio causado pelo lixo – em particular, pelo plástico. O projeto Ondas Limpas, da Sea Shepherd (“pastor do mar”), entidade dedicada à observação e preservação das condições dos mares, em parceria com o Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo, pretende percorrer 300 praias brasileiras, recolhendo amostras que serão submetidas à análise para identificação da presença de micro e macroplásticos.
Novo alvo de preocupação da comunidade científica e de autoridades de saúde ao redor do mundo, a substância nociva vem sendo encontrada em peixes e crustáceos e tem motivado estudos em várias regiões litorâneas do planeta.
A experiência é inédita, tanto pela abrangência quanto pelo tema. Ao longo de 18 meses, tempo estimado para o levantamento, a bordo de veículos tipo motorhome, as equipes de cientistas, pesquisadores e pessoal de multimídia pretendem chegar a um mapeamento o mais preciso possível do nível de resíduos nas praias do país. Os resultados devem orientar, inclusive, as práticas de manejo de lixo e outras substâncias adotadas por comunidades e prefeituras.
O objetivo final da campanha Ondas Limpas é promover a conscientização quanto à preservação do mar e colaborar para a erradicação do lixo marinho na costa brasileira.
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