Febraban e gigantes bancários declaram apoio a Haddad e a equilíbrio de contas
Ministro se reúne com dirigentes dos principais bancos privados, após desgaste político
O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, declarou nesta sexta-feira (14) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conta com o apoio do setor bancário para buscar o reequilíbrio das contas públicas. A manifestação ocorre em momento em que o chefe da equipe econômica enfrenta desgaste político após ter devolvida medida provisória que buscava compensar perdas aos cofres da União.
“Aqui estivemos para reafirmar um apoio institucional ao ministro da Fazenda porque nós enxergamos nele todo o engajamento, determinação e firmeza na busca do equilíbrio fiscal”, declarou o dirigente da Febraban, após reunião em São Paulo com as cúpulas do Bradesco, Itaú, Santander e outras instituições. “Entendemos que este compromisso que ele tem precisa ser perseguido e perseverado”, completou.
Esta é a quarta reunião de Haddad com bancos privados. O ministro propôs à Federação que os encontros fossem periódicos. Sidney ressaltou que além da conjuntura econômica, desta vez, os dirigentes dos bancos privados avaliaram ser importante a manifestação de apoio ao ministro.
“Esse é o único caminho que o Brasil tem para termos uma trajetória que possa fazer com que as finanças públicas voltem para o ponto de equilíbrio e é isso que vai garantir o crescimento sustentável, manter a inflação sob controle, facilitando o trabalho do Banco Central para que o juros continuem a cair”, disse.
O presidente da Febraban reforçou que o setor mantém um estoque de crédito de R$ 6 trilhões, o que equivale a 54% do PIB, e que financia o consumo, o investimento e a produção. “Nós nos sentimos legitimados a ter conversas governamentais como essa e a emprestar apoio ao ministro da Fazenda”.
Haddad foi alvo de duras críticas de dirigentes das corporações de industriais e grandes produtores agrícolas, que se mobilizaram numa articulação para derrubar medida provisória que pretendia recuperar perdas para os cofres públicos causadas pela desoneração da folha de pagamentos de empresas e pequenas prefeituras. A operação teve o aval do próprio presidente Lula.
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