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Lula entrará na campanha por palanques fortes em 2026

Prefeitos aliados com ampla vitória em primeiro turno não devem completar mandato e voltarão às urnas com o petista

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Lula ao lado de Guilherme Boulos em evento de campanha no primeiro turno das eleições FELIPE MARQUES/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO — 05.10.2024

O presidente Lula prepara a entrada na campanha de segundo turno para prefeituras municipais de olho na formação de palanques que possam garantir forte sustentação à sua provável campanha à reeleição em 2026. O cálculo político inclui os maiores colégios eleitorais, como São Paulo e Rio de Janeiro, e também tradicionais redutos de esquerda no Nordeste.

Além da vitória de Guilherme Boulos em São Paulo, prioridade para o petista, há acertos apalavrados com prefeitos que obtiveram ampla vitória no primeiro, como Eduardo Paes (PSD), que se elegeu para um quarto mandato ao executivo municipal. O quociente eleitoral obtido por Paes – reeleito com 60,47% dos votos – permite dar andamento ao projeto do carioca de licenciar-se do cargo para disputar o senado em 2026.

Desta forma, no reduto eleitoral do principal adversário de Lula, Jair Bolsonaro (PL), o petista estaria em condições de contar com aliança sólida e a popularidade de Paes para alavancá-lo na disputa, valendo-se inclusive da inelegibilidade do ex-presidente.

Lula, que esteve em apenas três cidades no primeiro turno, deve dedicar-se mais aos aliados e aos candidatos petistas nesta segunda etapa da disputa. No núcleo da campanha de Boulos, em São Paulo, a avaliação é de que a entrada do presidente na reta final da campanha de primeiro turno do psolista fez diferença e ajudou a alavancar o candidato, seriamente ameaçado por Pablo Marçal, do PRTB.


Apesar da vantagem do atual prefeito, Ricardo Nunes, apontada pelas pesquisas, a vitória de Boulos é considerada ponto de honra para o petista, que desta forma teria palanque aliado na capital do estado governado pelo potencial adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lula sabe, no entanto, que o sucesso da missão não está garantido.

No Nordeste, a expectativa é que João Campos (PSB), reeleito com impressionante votação em primeiro turno para a prefeitura de Recife, saia candidato ao governo de Pernambuco em 2026. O estado natal de Lula costuma garantir ao petista recorde de votos nas disputas presidenciais. A aliança com Campos é o cenário natural.


Lula já tem agenda institucional ou de campanha em outras cidades que ainda terão segundo turno. Ainda esta semana estará em Fortaleza, onde o PT espera eleger Evandro Leitão (PT), com o apoio de Cid Gomes, do governador petista Elmano Freitas e do hoje ministro Camilo Santana. Na capital do Ceará ocorrerá a clássica disputa entre PT e PL, uma vez que o adversário de Leitão, o bolsonarista André Fernandes, saiu na frente para o segundo turno.

Na semana que vem, Lula vai a Porto Alegre. Na capital gaúcha o PT tem chances menores de vitória. A região é um forte reduto dos partidos de centro e de direita. A petista Maria do Rosário, no entanto, enfrenta Sebastião Melo, do MDB, que conta com o apoio de Bolsonaro.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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