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Christina Lemos - Blogs

'Mais um espetáculo', diz Wellington Dias sobre operação da PF

A suspeita é que houve desvios de recursos da Educação do Piauí por meio de pagamentos superfaturados em contratos de transporte escolar

Christina Lemos|Do R7

Governador justifica modelo de contrato firmado
Governador justifica modelo de contrato firmado

O governo do Piauí, Wellington Dias (PT), chamou a operação da Polícia Federal (PF) desta segunda-feira (27) de "mais um espetáculo". 

A casa do governador e o gabinete da deputada federal Rejane Ribeiro de Sousa Dias (PT-PI), que também é primeira-dama, são alvos de buscas.

A suspeita é que houve desvios de recursos da Educação do Piauí por meio de pagamentos superfaturados em contratos de transporte escolar. Inicialmente, a apuração aponta para fraudes de R$ 50 milhões.

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Segundo Wellington Dias, só nesta operação "já é o terceiro espetáculo". Ele explica que o processo vem de 2013. "Quando eu nem era governo, em contratos que seguia um padrão nacional, pagamento por quilômetro rodado. Quando a Rejane assumiu a Secretaria da Educação em 2015, tinha que começar as aulas em fevereiro, os contratos estavam vencendo e, com base em parecer técnico e na lei, considerando a necessidade de não prejudicar os alunos que precisavam de transporte escolar, foi renovado o contrato, dando tempo para nova licitação."


"Fizemos uma mudança que hoje é modelo para outros Estados e municípios, em que passamos a pagar por aluno transportado, como se paga uma passagem de ônibus", acrescentou.

"Estamos falando de um fato de 2013, com operação em 2020, quando a ex- secretária da Educação, hoje deputada federal, se prontificou a colaborar, por duas vezes e nos últimos meses se colocou à disposição para prestar depoimento, para repassar todo e quakquer documento ou equipamento que precisar. E foi dito que não era possível ela depor agora por que tinha a pandemia e estavam suspensos os depoimentos."


Wellington Dias explica que as buscas ocorreram na Câmara e na casa onde hoje mora o filho do casal e sua família, "que nunca trabalharam para o Estado".

"Ele é médico e salvando vidas pegou coronavirus... o espetáculo está feito". 


"Acho eu que, infelizmente, muitos espetáculos ainda virão. Ainda bem que temos a lei de abuso de autoridade e estamos tratando com advogados sobre isto", afirmou o governador.

Em nota oficial, o governo do Piauí afirma repudiar a operação e que é preciso prudência para evitar acusações injustas. Leia a íntegra:

"O governador Wellington Dias repudia a forma como se deu a operação da Polícia Federal na manhã dessa segunda (27) em sua casa onde, atualmente, mora seu filho e família, que nunca tiveram nenhuma função no estado. Seu filho é médico e trabalha na linha de frente do combate ao coronavírus, e desde março o governador mantem distanciamento recomendado pelas instituições de saúde. O governador classifica a operação como mais um espetáculo e destaca que a vida toda ele e sua família sempre agiram respeitando as leis e as instituições.

Sobre a Operação Topic, o governador esclarece que as investigações são contra empresas e referentes a contratos do ano de 2013, quando ele não era governador do estado, portanto, não tem nenhuma relação com a investigação, bem como nenhum membro da sua família.

Uma operação nestes moldes se torna desproporcional e desnecessária já que estamos falando de um fato de 2013, anterior à sua gestão, e em um processo em que a ex-secretária da Educação, hoje deputada federal, prontificou-se a colaborar por duas vezes nos últimos meses, colocando-se à disposição para esclarecimentos, bem como para repassar todo e qualquer documento ou equipamento necessário, conforme registrado por e-mails.

O governador ressalta que o Estado é vítima e o maior interessado na resolução desta questão e irá trabalhar para que tudo seja plenamente esclarecido. Enfatiza-se que, infelizmente, muitos espetáculos ainda poderão acontecer, mas ressalta que existe a lei de abuso de autoridade para que casos como este não aconteçam indiscriminadamente.

Por fim, é necessário prudência para que ninguém seja acusado injustamente e nem incriminado sem o pleno direito de defesa".

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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