MDB marca convenção para 2 de agosto, mas não menciona Meirelles
Presidente do partido, senador Romero Jucá diz que “não participar desta eleição seria ato de covardia”. E não menciona “legado” de Temer
Christina Lemos|Do R7

Colaborou: Ângela de Oliveira, da Recordtv
O MDB marcou sua convenção partidária para indicar a chapa que concorrerá à Presidência da República para 2 de agosto, três dias antes do final do prazo legal. O presidente da legenda, senador Romero Jucá, divulgou vídeo nas redes sociais esta manhã anunciando a decisão. O líder emedebista, no entanto, não menciona a pré-candidatura de Henrique Meirelles. O ex-ministro da Fazenda ainda não definiu um vice como companheiro de chapa. No pronunciamento, Jucá também não defende a continuidade das propostas do governo emedebista de Michel Temer.
O senador cita uma suposta “grande crise” que teria colocado os partidos “em cheque” perante a sociedade. Mas não deixa claro se se refere à crise ética ou econômica. Pelos menos 5 dos principais líderes do MDB estão denunciados ao Supremo na Lava Jato ou investigações relacionadas. O próprio Jucá é um deles, alvo de mais de uma apuração policial.
O presidente do MDB faz menção indireta à aliança com o PT que levou Temer a ser vice de Dilma Rousseff. “Nao podemos abdicar de nossa posição e seguir outras ideologias populistas que já nos fizeram tanto mal”, declara. E sequer afirma de maneira clara que o MDB lançará candidato próprio. “Tenho ouvido da grande maioria dos estados o desejo de candidatura própria a presidente”, diz o senador.
Pelo menos 9 diretórios da legenda seriam contra a candidatura de Meirelles, que condiciona e gera dificuldades a alianças estaduais. Esta posição é comandada pelo senador Renan Calheiros, que lidera a dissidência no MDB. “Vamos unidos para a convenção do dia 2 de agosto e reafirmar o nosso compromisso com o Brasil”, encerra Jucá.