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‘Mineiro não é gado’, diz Zema, que sobe o tom contra petista

Governador de Minas Gerais reage a declaração de Lula, que afirmou: 'Zema terá um problema de remorso por não me apoiar'

Christina Lemos|Do R7

Zema: “estrela solitária” no Novo, governador mira 2026
Zema: “estrela solitária” no Novo, governador mira 2026

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), respondeu hoje a um discurso do candidato petista ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva. “O mineiro não é gado. É povo sábio e honrado, que do PT já está vacinado”, publicou o político, sem poupar a rima. Zema declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) um dia depois de ter sido reeleito em primeiro turno, com ampla vantagem sobre o adversário, Alexandre Kalil (PSD), apoiado pelo PT. Os dois candidatos à Presidência disputam o voto no estado, onde Lula obteve maior número de votos na primeira etapa da eleição.

A expressão “gado” é utilizada por adversários para caracterizar a militância bolsonarista, que, por sua vez, classifica os apoiadores petistas de “esquerdopatas” e “petralhas”.

Durante evento público em Belo Horizonte, neste fim de semana, o candidato petista referiu-se ao governador reeleito: “Zema terá um problema de remorso por não me apoiar”. “Agora, o Zema é livre…”, concluiu Lula. Aliados próximos ao presidente Bolsonaro reagiram à declaração. “O ladrão está ameaçando o governador de Minas Gerais?”, perguntou Flávio Bolsonaro, um dos coordenadores da campanha de reeleição do próprio pai.

“No governo do PT em Minas, teve posto de saúde fechado, merenda de sopa de arroz, hospitais abandonados, estradas sem qualquer manutenção e servidores com salários atrasados”, listou Zema, duro adversário petista no estado que já foi governado por Patrus Ananias (PT). Zema foi o único representante do Novo eleito no primeiro turno para governar um estado, e é tido como “estrela solitária” por seu sucesso a bordo do partido que surgiu nacionalmente em 2018 e sofreu encolhimento nestas eleições.


Por trás do bate-boca público está a disputa pelo voto do segundo maior colégio eleitoral do país e onde há dúvidas sobre qual dos dois concorrentes à Presidência estaria na frente na preferência dos mineiros. “O comício de Lula em Belo Horizonte reuniu mais de 500 mil pessoas”, declara Roberto Requião (PT), candidato derrotado ao governo do Paraná. “É o anúncio claro da vitória”, completa o ex-senador.

Do lado adversário, não faltaram postagens para esvaziar a ideia de que Lula tenha reunido meio milhão de pessoas na capital mineira. Flávio Bolsonaro distribuiu uma colagem de duas fotos do mesmo ato público, montadas lado a lado, para demonstrar suposta “mentira” de que o candidato petista tenha juntado tal multidão.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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