Ministro Queiroga diz que tentará “mudar história natural da doença”
No primeiro pronunciamento público após se tornar titular da Saúde, cardiologista faz apelo por união, e indica mudança nos protocolos de assistência
Christina Lemos|Do R7
Em em sua primeira manifestação pública após ser efetivado no lugar de Eduardo Pazuello na pasta da Saúde, o ministro Marcelo Queiroga sinalizou, numa declaração de menos de três minutos, com a eventual criação de protocolos assistenciais de saúde a serem adotados nos estados e municípios para “mudar a história natural da doença”. O Brasil vem sendo criticado por organismos internacionais pelo descontrole do contágio e apontado pela imprensa internacional como “laboratório onde o vírus se propaga e modifica livremente” (BBC). Os protocolos do ministério da Saúde, com boletins e orientações nacionais para o manejo da pandemia, são uma rotina da pasta. O ministro ainda não detalhou que mudanças pretende implementar nestas orientações.
Diante das divergências com gestores estaduais, para Queiroga a reunião de hoje no Palácio da Alvorada promoverá “o fortalecimento do sistema de saúde articulado nos três níveis” da administração pública. Compareceram ao encontro, no entanto, apenas governadores estritamente alinhados com o presidente Jair Bolsonaro, como Romeu Zema, de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado, de Goiás.
O ministro prometeu empenho na campanha de vacinação contra a Covid-19, neste momento principal motivo de críticas à pasta e à própria gestão de Bolsonaro. Queiroga promete trabalhar para “prover à população brasileira, com agilidade, uma campanha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus”. E afirmou que o sistema de saúde “dará as respostas que a população brasileira quer”, “para que consigamos o apoio e o respeito da sociedade civil”, finalizou.
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