O motivo por trás do recuo anunciado de Flávio Bolsonaro
Risco de ficar sem cargo eletivo pelos próximos 4 anos é fator no cálculo político do senador
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Cumprindo o penúltimo dos 8 anos de mandato como senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL/RJ), ao lado do pai, faz uma aposta de risco calculado.
Se a candidatura presidencial não se mostrar viável nem obtiver algum resultado prático, como promover um acordo que alivie a situação de Jair Bolsonaro, condenado, preso e fora da arena eleitoral, o parlamentar não arriscará ficar sem mandato eletivo pelos próximos 4 anos.
Em 2026, encerra o mandato conquistado em 2019. E a nova oportunidade de renovação da cadeira no Senado estará perdida se o Flávio Bolsonaro mantiver a candidatura presidencial.
A perspectiva de que o filho mais velho de Bolsonaro retome a disputa pela reeleição ao Senado, com chances importantes de vitória, é dada como certa.
Seria um erro de cálculo com graves consequências para o clã Bolsonaro retirar do Senado o hoje principal representante e porta-voz do ex-presidente.
Com Eduardo Bolsonaro réu no STF, morando nos EUA e, na prática, excluído das regras oficiais da política, e Carlos Bolsonaro limitado ao cenário regional, as opções da família se restringem a Flávio e Michelle, que constrói uma trajetória vista como promissora pela cúpula do PL.
Eleger senadores é prioridade para o partido, que vê no Senado as chances de dobrar o poder de fogo da oposição, seja em contraposição ao governo Lula, seja ao STF.
De acordo com este cálculo, eleger Flávio e Michelle Bolsonaro ao Senado é o plano A, se nenhum outro avanço for conquistado nos próximos 4 meses, dois dos quais estão virtualmente perdidos, com o período de recesso parlamentar e férias generalizadas.
A indicação de Flávio Bolsonaro como escolhido do pai para a disputa presidencial está longe de ser considerada definitiva no mundo político, mas avançou uma casa no xadrez eleitoral, desinterditando a disputa na direita e reposicionando competidores potenciais.
O cenário, no entanto, só estará mais claro a partir de abril, prazo legal para a desincompatibilização dos pré-candidatos que ocupam cargos públicos.
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