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Pandora Papers: deputados preparam denúncia contra Paulo Guedes

Queixa-crime deve ser encaminhada à Procuradoria-Geral da República por líderes da oposição na Câmara nesta segunda. Roberto Campos Neto, do Banco Central, também é alvo

Christina Lemos|Do R7

Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante evento
Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante evento

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos, serão alvo de uma representação de líderes da oposição, a ser protocolada junto ao Ministério Público Federal nesta segunda-feira (4), após denúncia de que ambos mantêm empresas em paraísos fiscais.

A apuração do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), batizada de Pandora Papers, tornou-se pública neste domingo.

O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), formalizará um pedido de convocação do ministro para prestar esclarecimentos.

O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), com endosso de outros representantes da oposição, deverá encabeçar uma queixa-crime na PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele vê indícios graves na atuação dos dois membros da equipe econômica. “Com base nas normas do serviço público e na Lei de Conflito de Interesses, o caso sugere que pode ter havido autofavorecimento”, declara Bohn Gass, para quem Guedes e Campos Neto devem ser “alvo de uma profunda e rigorosa investigação”.


“Estamos falando de dois dos mais importantes responsáveis pela condução da política econômica do país neste momento. Em nome da lisura e da transparência, o povo brasileiro tem o direito a essas informações”, completou o líder do PT.

Já a deputada Jandira Fegalli (PCdoB/RJ) declara que a revelação, todavia, não a surpreende. E ressalta que “a legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio”.

Paulo Guedes afirmou que mantém a empresa aberta e não respondeu se fez alguma movimentação ou sobre a natureza de uma possível operação do tipo. A assessoria do ministro também destacou que ele se desvinculou de toda atuação no mercado privado, “nos termos exigidos pela Comissão de Ética Pública”.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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