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Passaporte da vacina enfrenta protesto “global” neste sábado

Exigência do comprovante de vacinação, que começa a valer hoje no Rio, é vista por grupos como discriminatória. Bolsonaro e Queiroga são contra medida, aplicada de forma crescente no mundo desenvolvido

Christina Lemos|Do R7

Passaporte sanitário: adoção do documento encontra oposição no Brasil
Passaporte sanitário: adoção do documento encontra oposição no Brasil

Está convocado para este sábado, 18, um protesto “em escala global”, como destacam organizadores, contra a exigência de apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19 em estabelecimentos comerciais ou para permitir o acesso a áreas de grande circulação de pessoas. A medida começa formalmente hoje a ser adotada no Rio de Janeiro e já vem sendo seguida em São Paulo, em eventos acima de 500 pessoas. O movimento internacional é convocado por meio do grupo idenficado como #wewillALLbethere. 

No Brasil, a mobilização para o protesto é pequena e se resume a grupos de apoiadores do presidente Bolsonaro, que se opõe publicamente à medida, cuja adoção já está prevista por vários governos estaduais. A página do Chega de Censura, por exemplo, convoca a manifestação para as 13h de sábado, em frente à sede da Fiesp, na Avenida Paulista. “Precisamos fazer com que mesmo as pessoas que apoiam a vacina e se vacinaram percebam que o passaporte não tem nada a ver com a saúde e sim com restrição e rastreamento para todos”, postam organizadores. O ato também deve ocorrer em Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, estes grupos levantam a rashtag #passaportesanitarionão, e divulgam supostas fotos da reação mundial à iniciativa. Alguns parlamentares encamparam a rejeição à medida. Caso do deputado federal Diego Garcia, do PHS do Paraná. “É uma iniciativa discriminatória, antiética e inconstitucional”, declara, após anunciar que protocolou pedido de audiência pública na Câmara para debater o tema.

Para ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o passaporte sanitário é “uma medida totalmente descabida”. “O passaporte não ajuda em nada”, declarou. “Se você começar a restringir a liberdade das pessoas exigindo passaporte, carimbo, querer impor por lei o uso de máscara, para estar multando as pessoas, indústria de multas, nós somos contra isso”, completou o ministro, durante visita a uma clínica no Rio de Janeiro.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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