Pazuello avalia depoimento não-presencial à CPI
Ex-ministro da Saúde manteve contato com Élcio Franco, ex-secretário executivo da pasta, que testou positivo para a Covid-19 nesta segunda-feira. Fato será comunicado formalmente à CPI
Christina Lemos|Do R7
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cujo depoimento à CPI da Covid-19 está marcado para amanhã, propôs à comissão de inquérito que sua participação seja virtual e não-presencial. E avisou que deverá entrar em quarentena de 14 dias, como medida para evitar o contágio do coronavírus. O general manteve contato com Élcio Franco, por ocasião da preparação para seu depoimento, e o coronel, ex-secretário executivo do ministério da Saúde durante sua gestão, testou positivo para a Covid-19 nesta segunda-feira. O ex-ministro já teve a doença, mas pode transmitir o vírus caso tenha sido infectado.
O próprio presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD/AM), informou que já foi comunicado extra-oficialmente do fato. "Segundo a informação que eu tenho, ele vai entrar em quarentena e não virá amanhã", declarou Aziz, que aguarda comunicação formal de Pazuello.
O blog apurou que o general foi aconselhado a alertar o comando da CPI sobre o problema. Um dos principais auxiliares do general lembra que “o Senado é feito, em sua maioria, de pessoas idosas e com comorbidades” e que três senadores já foram vítimas fatais da Covid, “inclusive o do senador Major Olímpio que foi contaminado dentro do senado”, destaca.
O depoimento do ex-ministro é visto como decisivo pelos integrantes da CPI. O general esteve à frente do Ministério durante o momento mais crítico da pandemia e é considerado co-responsável por problemas como o atraso na compra de vacinas e o desabastecimento de insumos hospitalares. O vínculo de Pazuello com o presidente Bolsonaro é considerado determinante para decisões tomadas pela pasta - fator que será amplamente explorado por oposicionistas.
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