Christina Lemos Por pacificação, Lula terá sétima agenda com militares

Por pacificação, Lula terá sétima agenda com militares

Volta de Bolsonaro preocupa cúpula, que deu prazo para 'despolitização da tropa'. Almoço no QG é previsto para hoje

Lula e Tomás Paiva: acelerando a 'despolitização das tropas'

Lula e Tomás Paiva: acelerando a 'despolitização das tropas'

Ricardo Stuckert / PR / 21.01.2023

O presidente Lula, que retoma nesta semana a agenda de compromissos presenciais, após passar por tratamento contra broncopneumonia bacteriana, voltará também à aproximação com o meio militar, promovida pelo ministro da Defesa, José Múcio. Está previsto para esta segunda-feira (3) um almoço no Quartel-General em Brasília, a convite do comandante do Exército, general Tomás Paiva.

O encontro seria o sétimo com autoridades da cúpula militar, desde o início de março, quando o presidente transformou as reuniões e oportunidades de contato com o setor quase semanais. No entanto, a confirmação dependerá da autorização médica para retomada das atividades e de conveniências de agenda.

Desde a volta de Bolsonaro ao país, após quase três meses nos Estados Unidos, as relações entre o governo e os militares voltaram a exigir atenção. O ex-presidente tem forte influência em camadas das tropas e também entre as alas de oficiais. Na reserva, militares influentes atuam publicamente em favor de Bolsonaro. Braga Neto, ex-ministro, general da reserva e ex-candidato a vice nas últimas eleições, compareceu pessoalmente à recepção do ex-chefe, que retornou ao país na última quinta (30).

Já está correndo o prazo de 90 dias para que militares da ativa se desfiliem de partidos políticos, conforme orientação formal dos comandantes das três Forças, ocorrida em 26 de março. A determinação é a iniciativa mais efetiva até aqui, desde o início do terceiro mandato de Lula, para alcançar a almejada “despolitização das tropas”. 

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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