Por pacificação, Lula terá sétima agenda com militares
Volta de Bolsonaro preocupa cúpula, que deu prazo para 'despolitização da tropa'. Almoço no QG é previsto para hoje
Christina Lemos|Do R7
O presidente Lula, que retoma nesta semana a agenda de compromissos presenciais, após passar por tratamento contra broncopneumonia bacteriana, voltará também à aproximação com o meio militar, promovida pelo ministro da Defesa, José Múcio. Está previsto para esta segunda-feira (3) um almoço no Quartel-General em Brasília, a convite do comandante do Exército, general Tomás Paiva.
O encontro seria o sétimo com autoridades da cúpula militar, desde o início de março, quando o presidente transformou as reuniões e oportunidades de contato com o setor quase semanais. No entanto, a confirmação dependerá da autorização médica para retomada das atividades e de conveniências de agenda.
Desde a volta de Bolsonaro ao país, após quase três meses nos Estados Unidos, as relações entre o governo e os militares voltaram a exigir atenção. O ex-presidente tem forte influência em camadas das tropas e também entre as alas de oficiais. Na reserva, militares influentes atuam publicamente em favor de Bolsonaro. Braga Neto, ex-ministro, general da reserva e ex-candidato a vice nas últimas eleições, compareceu pessoalmente à recepção do ex-chefe, que retornou ao país na última quinta (30).
Já está correndo o prazo de 90 dias para que militares da ativa se desfiliem de partidos políticos, conforme orientação formal dos comandantes das três Forças, ocorrida em 26 de março. A determinação é a iniciativa mais efetiva até aqui, desde o início do terceiro mandato de Lula, para alcançar a almejada “despolitização das tropas”.
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