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Presidenciáveis defendem CPI para “constranger” o governo

Ciro, Doria, Haddad e Eduardo Leite defendem que investigação mantenha presidente Bolsonaro “sob pressão”, como “espada de Dâmocles”. CPI começa nesta quinta-feira

Christina Lemos|Do R7 e Christina Lemos

No primeiro encontro virtual, os potenciais futuros candidatos à presidência da República defenderam a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado assumidamente como instrumento político contra o governo do presidente Bolsonaro. Ciro Gomes e Fernando Haddad admitiram que são “céticos” quando aos resultados da investigação, mas a consideram instrumento importante de pressão sobre o Planalto.

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“O que eu vejo hoje é que pouco importa o resultado desta CPI”, declarou o pré-candidato do PDT. “Se a gente abre estes lócus, da CPI da pandemia, o nível de irresponsabilidade dele [Bolsonaro] tende a diminuir drasticamente, porque você tem um lugar onde você aprova um requerimento imediatamente”, afirma Ciro Gomes, para quem, a investigação deve funcionar como uma “espada de Dâmocles” sobre a cabeça do presidente Bolsonaro.

Doria, Haddad, Ciro e Leite: CPI como instrumento de pressão
Doria, Haddad, Ciro e Leite: CPI como instrumento de pressão

Para o petista Fernando Haddad, a CPI “pode, sim, e deve ser usada para constranger o governo”. “Temos 4 vezes mais óbitos proporcionalmente do que a média mundial. Isso não é aceitável”, asseverou o ex-prefeito de São Paulo. “Nós temos, sim, condição de constranger o governo a tomar medidas para socorrer a população”, declarou.

Os dois governadores presentes ao evento promovido pela Brazil Conference se apressaram em declarar que não temem a ampliação da investigação, como defendem os aliados do governo no âmbito da comissão. “Quem tem de temer a pandemia é o negacionista Jair Bolsonaro e seus ministros que não compraram a vacina, compraram cloroquina”, declarou o governador de São Paulo, João Doria.


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ressaltou que o estado utilizou os recursos federais para triplicar o número de leitos de UTI. “O presidente acredita que os governadores fazem conluio, ao adotar o distanciamento social para desestabilizá-lo ou inviabilizar sua reeleição”, declarou o tucano. “É um absurdo que só pode ser explicado pela psicanálise”.

Para o apresentador de tv, Luciano Huck, que também participou do evento, a CPI “é a democracia brasileira mostrando sua força” e vai apurar uma “gestão temerária da questão sanitária no Brasil”.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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