Simone Tebet descarta participação em novo governo, ’seja qual for’
"Continuarei fazendo política em outras tribunas", diz emedebista, que encerra mandato no Senado em dezembro. "Foi uma escolha consciente", explica
Christina Lemos|Do R7
A candidata à presidência pelo MDB, Simone Tebet, encerrará a campanha eleitoral neste primeiro turno ao lado do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia, numa caminhada em bairro da capital a ser definido. Titular da chapa em uma aliança inédita entre MDB e PSDB, com Mara Gabrilli como vice, Tebet segue pedindo votos e comemora ter ampliado em 70% o índice de conhecimento entre os eleitores.
Com 6% de intenção de voto nos principais institutos de pesquisa, Tebet descarta participação em governos futuros, “seja qual for o eleito”, reforça. A emedebista, que atravessou os dois meses de campanha do primeiro turno mantendo duras críticas tanto a Lula (PT) quanto a Bolsonaro (PL), descartou qualquer aproximação com as duas campanhas majoritárias e firmou posição como alternativa à polarização política.
“Vou continuar fazendo política. Há muitas tribunas!” - declara a senadora que encerra o mandato parlamentar pelo estado do Mato Grosso do Sul em dezembro. E concluirá sua passagem pelo senado tendo ocupado cargos importantes, como a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. E despontou para o eleitorado nacional pela atuação na CPI da Pandemia. Mas admite o preço pessoal alto da transferência para Brasília. “Foram anos tomando café da manhã sozinha, longe do meu marido e dos meus filhos”, comenta.
Entre os aspectos de sua trajetória que a orgulham está a disputa pela presidência do Senado, cargo ocupado por seu pai, Ramez Tebet. Embora não tenha obtido sucesso na disputa e conquistado a partir de então um desafeto poderoso, o colega de partido Renan Calheiros, Tebet acredita que cumpriu a missão de abrir caminho para novas concorrentes. “Um dia, uma mulher vai presidir aquela Casa”, declara.
"Foi uma escolha consciente", afirma, sobre o momento em que optou por concorrer à presidência da República e não à reeleição ao Senado. Nos últimos dias de campanha, a emedebista vem enfrentando o assédio de adversários, que pregam o voto útil e investem sobre seu eleitorado. E revela ter ouvido de apoiadores uma palavra de incentivo: eles a consideram uma opção importante para 2026.
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