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Tebet busca o apoio de 'caciques' do MDB para presidir Senado

Partido lançou a senadora do MS para o cargo. Nome não agrada velha guarda do partido por ser considerada 'lavajatista'

Christina Lemos|Do R7

Senadora Simone Tebet (MDB-MS)
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) Senadora Simone Tebet (MDB-MS)

Principal desafio da senadora do Mato Grosso do Sul, lançada oficialmente como candidata do MDB à presidência do Senado, será justamente obter o apoio dos caciques da velha guarda do próprio partido, aos quais não agrada por ser considerada "lavajatista".

Cai bem à senadora Simone Tebet (MDB/MS) o papel de oposição moderada no senado, para enfrentar a disputa com Rodrigo Pacheco (DEM/MG), candidato ungido pelo Planalto e pelo presidente do Senado. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a parlamentar do Mato Grosso do Sul manteve postura independente, comprou brigas importantes, quase sempre com sucesso ao utilizar o regimento do senado como escudo nas decisões políticas que dividiam a Casa. Para se tornar competitiva, a senadora terá, no entanto, de vencer obstáculos internos no próprio MDB, onde está longe de ser um consenso.

Simone Tebet agrega votos em vários partidos, como PSDB e legendas de centro, assim como entre o grupo de senadores considerados "lavajatistas", que defendem a reformulação de práticas políticas, com base na moralização e austeridade. E é justamente esse o principal fator que pesa contra a senadora dentro do próprio partido. Boa parte da bancada do MDB não vê com bons olhos a postura punivista desta ala e dificilmente marchará unida em apoio a Tebet.

Nos últimos dois anos, Tebet não hesitou em confrontar mais de uma vez o próprio presidente do senado, Davi Alcolumbre, sem ultrapassar os limites do aceitável no jogo democrático, numa casa de territórios demarcados em que há pouca margem para concessões, ao contrário do que ocorre na Câmara. Filha de Ramez Tebet, que já presidiu o senado e cumpriu o papel de estabilizador das relações internas, a senadora se encaixa no papel de aspirante a primeira mulher a presidir o senado e terceira na linha sucessória da presidência da República.

Boa articuladora, no início da legislatura derrotou um dos principais caciques da velha guarda emedebista, Renan Calheiros, na disputa pelo segundo cargo mais importante da casa, a Comissão de Constituição e Justiça. Tebet mostrou disposição e couraça para o enfrentamento político. A disputa pela presidência será uma prova ainda mais difícil.

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