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Christina Lemos - Blogs

Temer leva a Bolsonaro apelo por fim dos ataques

Ex-presidente está entre os poucos políticos com interlocução direta com Alexandre de Moraes. Mas imporá condições

Christina Lemos|Do R7

Ex-presidente tem ajudado Jair Bolsonaro para apaziguar a situação política do país
Ex-presidente tem ajudado Jair Bolsonaro para apaziguar a situação política do país

O movimento ensaiado pelo Palácio do Planalto há mais de dez dias concretizou-se hoje: um apelo ao ex-presidente Michel Temer para que interceda politicamente junto ao ministro do STF Alexandre de Moraes por uma espécie de armistício. Temer, no entanto, só acredita na melhora da crise com uma mudança de atitude de Bolsonaro. O presidente teria ultrapassado os “limites da divergência respeitosa”, ao ofender o magistrado do STF.

Ha duas semanas, o ex-presidente vem publicamente alertando que “a saída está no diálogo e na moderação”, como declarou ao blog. Na ocasião, o líder emedebista esteve pessoalmente em Brasília, sob a justificativa oficial de lançar o documento do partido Todos por um só Brasil. Em diálogos sobre a crise, Temer diagnosticou que “o que tem havido é falta de diálogo” ao ressaltar que Moraes não é avesso às conversas, mas tem reagido judicialmente, justamente pela falta de interlocução.

Indicado por Temer para a vaga no STF, e ex-ministro da Justiça do emedebista, Moraes é considerado muito próximo ao ex-presidente. Além da afinidade profissional — ambos são constitucionalistas — a proximidade é também pessoal. Moraes teria um “dever de lealdade” a Temer, mas o presidente deve agir respeitando os limites do amigo.

A situação ganhou contornos mais graves após a sequência de prisões — chegam a 15 bolsonaristas detidos — e à escalada de agressões verbais do presidente Bolsonaro.

“Está na hora da boa política entrar em campo. É o que vem faltando em Brasília”, diz fonte da cúpula do MDB, próxima ao ex-presidente. O blog apurou, no entanto, que Michel Temer evitará a qualquer custo exposição pública ou vinculação a aliados de Bolsonaro.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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