Tocador de obras, Tarcísio quer Rodoanel pronto e fim de 'esqueletos'
Candidato do Republicanos nega que seja 'sucessor de Bolsonaro' e diz que cresce para 31% quando vinculado ao presidente
Christina Lemos|Do R7
O candidato do Republicanos ao Governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estabeleceu como prioridade concluir a obra viária do Rodoanel e investir na eliminação de obras inacabadas. Em entrevista ao blog, o candidato fez crítica indireta ao governo do adversário do PSDB, Rodrigo Garcia, e ao de antecessores tucanos, ao ressaltar a baixa execução da obra. “É um absurdo [o Rodoanel] estar parado ainda hoje. O governo pegou com 85% de execução, saiu e deixou com os mesmos 85%. Não tem explicação para isso”, declarou.
Ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, Freitas é considerado um especialista no tema e declara que vai trabalhar para eliminar o que chamou de “esqueletos da mobilidade urbana”. Questionado sobre haver recursos para essas iniciativas, recorreu à sua experiência no governo federal: “Eu também não tinha [recursos] no Ministério da Infraestrutura, e nunca se contratou tanto com tão pouco”. Segundo o ex-ministro, sua gestão chegou a inaugurar 106 obras por ano.
Escolhido pelo presidente Bolsonaro para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, Freitas nega que esteja sendo preparado pelo presidente para suceder a ele no Planalto. “Nunca houve este papo”, declara. “Nada do que aconteceu na minha vida foi planejado.”
Em entrevista ao vivo ao jornalista Reinaldo Gottino, na série de sabatinas com candidatos a governos estaduais do programa Balanço Geral, da Record TV, o candidato do Republicanos, hoje tecnicamente empatado com Garcia no segundo lugar, afirmou que, quando tem a imagem vinculada a Bolsonaro, chega a 31% das intenções de voto. O percentual foi apurado pelo instituto Paraná Pesquisas.
Entre as estratégias para angariar votos, Freitas sinaliza a intenção de destacar sua formação, inclusive a etapa militar. “Vou mostrar para as pessoas quem é o Tarcísio. Não é um cara que foi ungido ministro. E, sim, um cara que veio de baixo, que passou 17 anos nas Forças Armadas, inclusive como engenheiro de campo na Amazônia, dormindo em barco…”, rememorou.
O candidato também prepara propostas para fazer frente ao adversário petista, Fernando Haddad, favorito nas pesquisas. “São Paulo não pode ser o quinto colocado no Ideb”, disse ele, em referência ao desempenho dos estudantes do estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Para enfrentar o ex-ministro da Educação, o republicano promete melhorias para as carreiras de professor e diretor de escola, que seriam transformados em “executivos da educação”.
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