A fila de espera por benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) voltou a aumentar nos últimos meses de 2024. Em novembro, havia 1,98 milhão de pessoas, segundo o último Boletim Estatístico da Previdência Social. O número é o maior registrado desde janeiro de 2020, quando 2 milhões de pessoas aguardavam aposentadoria, pensão ou auxílio.O tempo médio de concessão também voltou a subir para 43 dias no ano passado. O volume inclui tanto os processos que estão com até 45 dias como os acima disso. Do total, mais de 1,61 milhão de pedidos aguardam análise do instituto ou perícia médica inicial.Outros 365,5 mil requerimentos se encontram em exigência, ou seja, aguardando alguma documentação do segurado para que o INSS possa concluir a análise.Ao longo de 2024, não houve mês em que a fila para a concessão dos benefícios previdenciários fosse inferior a um milhão de pessoas, mas houve uma diminuição do tamanho entre janeiro e junho, antes de voltar a crescer e alcançar o maior número do ano em novembro.Segundo o INSS, o aumento registrado nos últimos meses de 2024 é reflexo da greve dos servidores e peritos, além de alterações da lei que passou a exigir biometria para o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que gerou um represamento, além do aumento de requerimentos.“Para agilizar a análise dos pedidos e reduzir a fila de espera, o INSS está adotando várias medidas e ações, que refletem os contínuos esforços desta gestão para reduzir os números”, afirma o instituto em nota.Segundo o INSSO Ministério da Previdência também pretende usar os dados do SUS para a perícia feita por análise documental. A ideia é que as informações prestadas nos atestados médicos do SUS possam ser acessadas pela Previdência Social para que seja concedido o benefício por incapacidade.O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, se reuniram, nesta terça-feira (18), com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para tratar do uso de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) na Previdência Social.“Se o médico do SUS já atestou a necessidade de afastamento da pessoa nós poderemos aproveitar esse atestado e já conceder o afastamento com base no tempo que o médico assistente pediu”, disse o ministro Carlos Lupi, em nota.